Economia

Importações caíram 30 por cento durante o ano passado

As importações diminuíram em mais de 30 por cento em 2020, quando só a aquisição de alimentos no exterior caiu 20 por cento, declarou o ministro de Estado para a Coordenação Económica no acto de posse dos novos órgãos sociais da Câmara de Comércio Angola-China, quinta-feira, em Luanda.

24/04/2021  Última atualização 07H10
Manuel Nunes Júnior © Fotografia por: DR
Manuel Nunes Júnior atribuiu essa evolução ao início de um processo em que a produção nacional começa a ocupar espaço na satisfação das necessidades do país, mercê de iniciativas institucionais como o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações (Prodesi), considerado pelo ministro como "uma verdadeira aliança entre o Estado e o sector privado para o  aumento da produção nacional”, emprego e rendimentos dos cidadãos, bem como para o combate à fome e  à pobreza.

Ao proferir estas declarações, o ministro referia-se aos novos paradigmas de governação que emergiram no fim de 2017, algo que, do ponto de económico, é dominado pela decisão de acabar com a grande dependência de Angola em relação aos recursos petrolíferos.

No ano passado, apesar da conjuntura difícil, a agricultura teve um crescimento de 5,0 por cento, quando, no cômputo geral, a economia contraiu 5,4 por cento, o que o ministro apresentou como um "facto notável” do percurso iniciado pelo Prodesi no domínio da produção dos alimentos de grande consumo.

Manuel Nunes Júnior apontou, ainda, o respeito pelo primado da lei como parte dos paradigmas da construção de uma economia de mercado, uma noção baseada em que "num Estado em que o primado da lei não é respeitado, é muito difícil atrair investimentos em níveis adequados” ou em que "o mundo de negócios é baseado na confiança e quando não há confiança ninguém  investe”.
Lembrou que "são muitas as medidas já tomadas pelo Executivo  no sentido de  combater práticas que não são saudáveis nem recomendáveis para a gestão da vida do país e que por isso não são conducentes ao desenvolvimento de Angola”.

A Câmara de Comércio Angola-China, exortou, deve ter a missão essencial de atrair  investimentos chineses que façam aumentar a velocidade e a qualidade do processo de diversificação da economia em curso no nosso país, na medida em que o Governo melhora o ambiente de negócios e torna o processo de investimento em Angola mais célere e eficiente.

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