O Festival Internacional de Jazz realiza-se, hoje e amanhã, a partir das 17h30, na Baía de Luanda, um evento que vai contar com a participação de 40 artistas e combinar a música e as artes visuais.
O ministro da Cultura, Filipe Zau, felicitou segunda-feira, em Luanda, os grupos de dança do país pela relevância que esta linguagem corporal representa, quer como manifestação artística, quer como riqueza patrimonial, dada a diversidade de estilos em presença.
O espaço cultural e turístico da Gruta de Ondimba, situada 22 quilómetros a oeste da cidade do Lubango, está encerrado por um período de 45 dias, em consequência das inundações provocadas pelas chuvas que caem, com frequência em várias localidades da província da Huíla.
O Sítio natural muito frequentado por estudiosos nacionais, portugueses, espanhóis, namibianos, sul-africanos e doutros pontos do mundo, está com o espaço inundado, incluindo o interior devido à subida do caudal dos riachos.
Segundo o engenheiro hídrico Alberto Parreiro, de forma natural a Humpata sempre foi um ponto de conservação e passagem das águas que antes se acumulam nos riachos e depois seguem o curso natural através dos riachos subterrâneos e a céu aberto, até abaixo da Serra da Leba.
"Este curso natural das águas tem a duração de três a quatro meses, dependendo da quantidade acumulada da barragem das Neves e outros espaços de retenção natural que se encontram em vários pontos da Humpata e do Lubango”, detalhou.
Alberto Parreiro aconselhou a observância de medidas de precaução aos turistas para evitarem frequentar o local nesta época de muitas chuvas. Alberto Parreira realçou, também, a necessidade de se evitar, por enquanto, as áreas adjacentes à Gruta de Ondimba por ter nesta altura do ano muito lodo, capaz de "engolir uma cabeça de gado bovino”.
Aventura tem limites
O engenheiro alertou mais uma vez para os perigos de desaparecimento de pessoas no local devido ao barro. Alberto Parreiro estendeu o aviso, também, para os automobilistas "aventureiros” para evitarem aproximar muito perto os veículos nas imediações da Gruta de Ondimba, sob o risco dos carros serem engolidos pela quantidade de lama e lodo.
Alberto Parreiro aconselhou a maior responsabilidade dos turistas, se possível mesmo evitar fazer visitas, sobretudo isoladas na gruta, em que considera uma "maravilha natural cobiçada por muitos” que fica a 45 quilómetros da sede do município da Humpata.
Devido às 11 galerias do interior, torna o espaço cultural e turístico, nesta altura do ano um perigo para os cidadãos, sobretudo, para os mais curiosos que se aventuram a percorrer em todos os espaços do imóvel. "As estalactites na sua abóbada e estalagmites presas no chão como se fossem figurinhas de um templo erguido com arte por mestres milenares, os largos espaços que se confundem com várias salas acastanhadas ou avermelhadas, estão por enquanto intransitáveis em consequência do aumento do nível das águas”, referiu.
Os técnicos da Associação de Operadores e Promotores do Turismo (HOTOUR) defendem que deve neste momento haver muita ponderação e cautela por parte dos visitantes, principalmente daqueles provenientes de outros pontos do país e do estrangeiro.
Referências do local
Na língua Nyaneka, Ondimba, significa Gruta, cuja montanha é calcária com vários pontos abertos. As grutas permitem a entrada da luz do Sol em certos pontos e o pequeno rio subterrâneo produz um determinado som que dá a sensação de se ouvir cânticos e são compostas por fendas abertas com uma colina ao cimo.
O combinado de sons criados pelas correntezas e dezenas de pássaros diversos despertam a curiosidade, fazendo com que vários visitantes permaneçam durante minutos em silêncio para tentar perceber o tipo de som emitido, origem e outras curiosidades até hoje nunca desvendadas pelos segredos da Natureza.
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