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Islamabad pede a Cabul combate ao terrorismo

O Primeiro-Ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, pediu, ontem, aos talibãs afegãos para combater o terrorismo, convidando, a seguir, as autoridades de Cabul para conversações, depois de um aumento das tensões entre os dois países e ataques aéreos paquistaneses em solo afegão.

22/03/2024  Última atualização 13H05
© Fotografia por: DR

"Queremos viver num ambiente muito pacífico com o nosso país vizinho e irmão. Queremos expandir o comércio, os negócios e as nossas relações bilaterais com eles", disse Sharif num discurso transmitido pela televisão nacional.

"Mas, infelizmente, se o território de um país vizinho é utilizado para o terrorismo, isso é intolerável", acrescentou, sem fazer referência directa ao Afeganistão ou aos talibãs. A este respeito, Sharif apelou aos países vizinhos para que "elaborem um plano contra o terrorismo com seriedade e clareza de objectivos para o erradicar".

"As fronteiras do Paquistão são uma linha vermelha contra o terrorismo", insistiu. O discurso de Sharif segue-se aos ataques aéreos de segunda-feira nas províncias afegãs de Khost e Paktika, no âmbito de uma operação antiterrorista de Islamabade, que, segundo o Governo interino dos talibãs, causou a morte de oito civis.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão afirmou, numa declaração posterior, que tinha atacado as bases aéreas do grupo insurrecto Hafiz Gul Bahadur, que recentemente atacou as forças de segurança no distrito paquistanês do Waziristão do Norte.

Este grupo é uma facção do Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), o principal grupo talibã paquistanês, que é, por sua vez, um agrupamento de vários grupos insurrectos que surgiram em 2007 e que, embora não estejam directamente alinhados com os talibãs afegãos, partilham a sua ideologia.

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