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José Maria Neves avalia crescimento das ilhas

O Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, lançou, quarta-feira, na ilha da Boa Vista, a agenda de proximidade denominada "Presidência na ilha", para avaliar o impacto das políticas sócio-económicas dirigidas às famílias.

24/03/2024  Última atualização 06H40
Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves © Fotografia por: DR
Em nota, citada pela Lusa, a Presidência cabo-verdiana informa que José Maria Neves vai avaliar, durante quatro dias, na também conhecida Ilha das Dunas, a situação das mulheres, o agronegócio, e pesca, a protecção, valorização e sustentabilidade ambiental.

O turismo, saúde, educação e comunidade imigrada serão outros temas que vão merecer a atenção do mais alto magistrado da Nação cabo-verdiana. Segundo a Presidência, José Maria Neves vai manter contactos com as autoridades locais, os agricultores e criadores, os pequenos empreendedores do agronegócio e os grandes promotores da cadeia turística. Também vai falar com as organizações ligadas ao ambiente, com jovens do ensino secundário e com a população em geral "para sentir o pulso dos diferentes sectores de actividade e dar o seu contributo para o almejado salto no desenvolvimento da Boa Vista". Com cerca de 13 mil residentes, a Boa Vista é a segunda ilha mais turística do arquipélago - recebe cerca de 23% do total de visitantes - atrás apenas do Sal (cerca de 60%). A primeira "Presidência na Ilha" foi realizada em Março de 2022, em São Vicente.

Esta presidência aberta, acontece numa altura em que um grupo de professores cabo-verdianos anunciou que vai reter as notas deste trimestre até que o Ministério da Educação aceite debater as reivindicações que têm sido feitas desde Outubro de 2023, anunciou uma representante dos docentes. "Os professores estão decididos a não colocar neste trimestre as suas avaliações no sistema até que o Ministério da Educação se sente com os interessados e apresente soluções viáveis", afirmou a representante dos professores, Aleida Semedo, em declarações à Lusa.

Numa conferência de imprensa, na Praia, a responsável disse que esta decisão representa "um grito de alerta" em representação da maioria dos docentes do arquipélago. Apesar das negociações com os sindicatos, só "uma minoria" tem sido contemplada com benefícios, disse. Para a generalidade da classe, continuam sem resposta as reivindicações relativas a aumentos salariais, promoções e subsídios.

Aleida Semedo referiu que "bloquear as notas é o único meio que os professores encontraram para demonstrar o desagrado, insatisfação e revolta". A presidente do Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof), Lígia Herbert, declarou total apoio a esta medida de protesto. "Nós vamos continuar a apoiar toda a luta dos professores", disse. O congelamento das notas já havia sido admitido durante uma manifestação de professores, na cidade da Praia, em Fevereiro.

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