Economia

Josefa Sacko quer mais investimentos em África

A União Africana está a desenvolver estratégias que visam relançar a economia azul, através de investimentos nas pescas e na aquicultura, bem como na protecção dos ecossistemas marinhos, segundo um documento que o Jornal de Angola teve acesso, ontem, e que cita a Comissária africana para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável.

25/05/2021  Última atualização 10H00
A diplomata angolana fez saber que a União Africana alargou a carteira do Departamento © Fotografia por: João Gomes | Edições Novembro
Josefa Sacko, que falava por ocasião da semana da África na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), divulgada a partir de Addis Abeba (Etiópia), destaca que para uma África resiliente, apesar dos impactos causados pela Covid-19, torna-se crucial aprofundar as questões que o continente enfrenta, como, oceanos, paz e desenvolvimento sustentável. 

A diplomata angolana fez saber que a Comissão da União Africana (CUA) alargou a carteira do Departamento de Economia Rural e Agricultura (DREA) integrando tarefas de coordenação para o desenvolvimento da economia azul em África. Esta estratégia define, as acções prioritárias necessárias que permitirão que este potencial seja explorado e as oportunidades sejam maximizadas para uma economia azul mais avançada e eficiente em África. "Dada a diversidade dos componentes que compõem a economia azul, a estratégia concentra-se nos cinco vectores críticos da economia azul, mormente, a pesca, aquicultura e conservação de ecossistemas, navegação, transporte e comércio marítimo”, aponta a fonte.
Alargar estratégias

Garantiu que a estratégia de economia azul da África é multidimensional e incorpora os melhores padrões e práticas internacionais no desenvolvimento do crescimento azul, em ambos os lados, e é adequado às necessidades e aspirações do continente."A determinação da União Africana de explorar plenamente o potencial dos recursos aquáticos de África encontra na UNESCO o eco favorável para selar uma cultura de paz inspirada na Carta do Renascimento Cultural Africano, que constitui um dos meios mais seguros para a África aumentar a sua participação da produção científica mundial e enfrentar os desafios da globalização”, lê-se no documento.

A angolana Josefa Sacko realça que deve-se aproveitar "esta oportunidade oferecida pela Semana da África na UNESCO para aumentar o enorme e há muito negligenciado potencial que os oceanos e a gestão dos recursos biológicos vivos representam como essenciais para a conservação e o uso racional e sustentável dos recursos marinhos”.Fazem parte destas acções, a energia sustentável, extracção mineral, gás, indústrias inovadoras, sustentabilidade ambiental, mudanças climáticas e infra-estrutura costeira e governança e acções sociais.

Considerou que os actos de pirataria representam uma ameaça real não apenas para a paz e a segurança dos navios e suas tripulações, mas também, para as economias dos países afectados, especialmente no Golfo da Guiné e no sudoeste do Oceano Índico.A comissária africana enfatizou que o tema deste ano da semana africana na UNESCO, "O Oceano, a Paz e o Desenvolvimento Sustentável de África” está em  linha com o da União Africana para o corrente ano, nomeadamente, as artes, a cultura e o património.

A União Africana definiu uma visão para o continente, que abarca o Quadro de Políticas e Estratégia para a Reforma da Pesca e Aquicultura em África (CPSR), Estratégia Marítima Integrada de África 2050 (AIMS), a Carta de Lomé 2016 e especialmente a Agenda 2063 da UA, que é um modelo e um plano para a transformação de África numa potência mundial do futuro."Nesta visão pan-africana sustentável tem como objectivos o alcance de uma África integrada, próspera e pacífica, liderada pelos seus próprios cidadãos e representando uma força dinâmica na arena internacional”, avança a comissária.

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