Sociedade

Lopito Feijó apadrinha biblioteca da Fundação Rolanda Ferreira

A Fundação Professora Rolanda Ferreira acolhe, desde quinta-feira, na sua biblioteca do Kilamba, uma sala BLILI (Bibliotecas Lusófonas Itinerantes de Literatura Infanto-juvenil), cujo padrinho é o escritor e poeta Lopito Feijó.

01/05/2021  Última atualização 13H30
© Fotografia por: DR
Este projecto surge da parceria entre a Fundação Professora Rolanda Ferreira (FPRF) e a Associação Novembro Educa, de Portugal, que doou um conjunto significativo de livros, o que permitirá à FPRF abrir ao público a sua primeira biblioteca, numa zona carente de estruturas de incentivo à leitura e à integração social através dos livros.

Quinta-feira decorreu a pré-abertura da biblioteca, com a presença de responsáveis da FPRF, conduzidos pela anfitriã, a presidente, Tânia de Melo Simão, da Novembro Educa, na pessoa da sua directora, Avelina Ferraz, bem como do escritor Lopito Feijó e da jornalista Aminata Goubel e de um grupo de crianças residentes no Kilamba.

Lopito Feijó comprometeu-se a contribuir para a dinamização do espaço, que tem perfil para a frequência diária de crianças e adultos, interessados no contacto com a leitura, e para o acolhimento de autores nacionais, que procuram o contacto com a população angolana, na construção de uma sociedade inclusiva e instruída.
O escritor disse esperar ver no futuro a biblioteca da Fundação Professora Rolanda Ferreira "ser um espaço de referência cultural e educativa, na cidade de Luanda”.

Aminata Goubel, jornalista, reconheceu a qualidade do espaço, assim como a localização, tendo em conta a elevada população da faixa etária que mais precisa de contactar com a leitura.
Em nome da FPRF, Tânia de Melo Simão salientou que "nunca há limite para o sonho, quando o nosso bem é o outro” e na Fundação Professora Rolanda Ferreira "ousamos fazer”, tendo recordado o trabalho que vem sendo desenvolvido com a Escola da Fundação, que funciona desde o ano lectivo de 2018, na comuna piscatória do Sarico, no Bengo, para mais de 300 crianças e várias dezenas de adultos.

"Se não fosse a Escola da Fundação, as crianças daquela comunidade não teriam acesso à educação básica”, referiu, acrescentando que neste momento está em vias de conclusão o segundo pólo da escola, que não ficou concluído devido às contingências da pandemia da Covid-19.
As BLILI são salas bibliotecárias de literatura infanto-juvenil e manuais escolares, criadas em espaços que permitem reforçar a importância da escrita e da leitura, com actuação nos países de expressão portuguesa e junto da comunidade da diáspora.

A Fundação Professora Rolanda Ferreira (FPRF) tem na sua génese uma intervenção humanista, multifacetada, evidenciada em diversos projectos em curso há mais de três anos, no sector da Educação e Conhecimento, nas províncias de Luanda (Biblioteca do Kilamba) e Bengo (Escola do Ensino Básico).
A fundação materializa o sonho da sua mentora, Rolanda Chagas Vicente Ferreira, professora, licenciada em História, falecida em 2017, que defendia a necessidade do estabelecimento da igualdade de oportunidades, para acabar com o trabalho infantil e promover o desenvolvimento humano.

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