Política

Mais de 500 ex-militares reintegrados em acções para garantir o seu sustento

Arão Martins / Benguela

Jornalista

Mais de 500 ex-militares foram reintegrados em acções sociais, em 2023, no quadro do Programa de Combate à Fome e à Pobreza em Benguela.

27/02/2024  Última atualização 07H53
Apoio aos antigos combatentes garantem, também, o bem-estar físico e mental das famílias © Fotografia por: António Soares | Edições novembro

A vice-governadora provincial para o sector Político, Social e Económico de Benguela, Lídia Amaro, disse que a reintegração contemplou ex-militares, antigos combatentes e veteranos da Pátria dos 10 municípios da província.

Os contemplados beneficiaram de kits de mecânica auto, serralharia, carpintaria, moto-táxis, alfaiataria, alvenaria, electricidade, recauchutagem, comércio, pintura industrial, sapataria, moagem, pesca artesanal e outros.

"Em 2023, foram reintegrados 593 ex-militares em vários programas, no âmbito do Programa de Combate à Fome e à Pobreza”, sustentou, salientando que os beneficiários receberam artefactos, inputs agrícolas e tractores para reforçar a preparação de terras.

A reintegração dos antigos militares, esclareceu, foi possível devido à execução de vários projectos do Governo Provincial em conjunto com parceiros e as administrações municipais da Baía Farta, Benguela, Bocoio, Chongoroi, Caimbambo, Catumbela, Balombo, Lobito, Cubal e Ganda.

Lídia Amaro disse que as autoridades têm estado a encorajar os ex-militares a organizarem-se em cooperativas e associações para beneficiarem dos apoios do Executivo, apesar de ter lamentado o descaminho que muitos contemplados dão aos kits que recebem, garantindo que ainda assim as acções têm continuidade.

Constantemente, frisou, por via do Gabinete da Agricultura, o Governo Pro-vincial de Benguela tem disponibilizado kits de auto-emprego.

"Temos estado a incentivar a criação de cooperativas dos vários níveis, desde os ex-militares e não só. Os programas têm sido complementares”, disse.

Lídia Amaro reconheceu que o modelo que o Governo usa para mitigar o actual quadro das famílias em situação de vulnerabilidade é viável, por conter, além da distribuição de kits profissionais, em primeiro lugar a formação, visando proporcionar o empreendedorismo social, bem como o correcto manuseio dos equipamentos.

A vice-governadora disse que é uma actividade que desenvolve a segurança económica, com a reintegração das famílias, sem desprimor de que certamente devem acompanhar a dinâmica social.

"Apesar das acções em curso, ainda nos deparamos com situações em que, a determinados beneficiários, infelizmente, lhes é atribuído os kits e esses colocam os mesmos no mercado, para comercialização”, lamentou, salientando que com tal comportamento se inverte a vocação do propósito pelo qual a distribuição dos kits foram destinados.

O ex-militar António Pedro disse ao Jornal de Angola que é crucial apoiar os antigos combatentes e veteranos da Pátria, como forma de reconhecimento e gratidão pelos sacrifícios consentidos em prol da Nação. "Além disso, fornecer apoio adequado para  garantir o seu bem-estar físico, mental e social, contribuindo para a sua reintegração na sociedade e preservando a sua dignidade após o serviço prestado à Pátria”, afirmou.

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