Sociedade

Mulheres rurais recebem apoio para o auto-emprego

Marcelo Manuel | Ndalatando

Jornalista

A vice-governadora do Cuanza-Norte para o sector Político, Económico e Social disse que as mulheres da província, com idades entre os 17 e 40 anos, residentes nas zonas rurais, têm recebido equipamentos profissionais para o fomento do auto-emprego.

06/04/2024  Última atualização 12H57
Mulheres de zonas rurais do Cuanza-Norte têm recebido equipamentos para o auto-emprego © Fotografia por: Nilo Mateus | Edições Novembro | Ndalatando
Luzia José afirmou, na quinta-feira, que o Executivo tem realizado, de forma periódica, feiras destinadas à promoção de negócios das mulheres empresárias e empreendedoras, visando a exposição dos produtos e aumentar a renda das famílias. 

O Governo local, adiantou, tem desenvolvido acções para a emancipação da mulher. "É preciso valorizar mais o ensino técnico-profissional e académico, como ferramentas fundamentais para o empoderamento feminino e garantir a possibilidade da concretização de realizações pessoais em relação à promoção do auto-emprego e defesa dos direitos de género”, disse.

Para a governante, a formação profissional e académica garantem a autoconfiança da mulher e permitem fortalecer a identidade desta, assim como a auto-estima, possibilitando o controlo de múltiplas relações sociais.

Uma mulher formada, realçou, pode transformar a própria vida e da dos demais membros da família e da comunidade, através da busca de conhecimento para o bem-estar comum.

A instabilidade macroeconómica da província, frisou, marcada por elevadas taxas de inflação, tem originado alguma fragilidade na capacidade de resposta dos órgãos do Estado face aos vários problemas que a população e a mulher, em particular, enfrentam. "São situações que fragilizam a posição da classe, quanto à desigualdade de género”.

Desigualdades

De acordo com Luzia José, actualmente, as mulheres ainda encontram problemas estruturais que dificultam a busca por igualdade social em todos os domínios, apesar dos vários debates sobre o feminismo e o combate ao machismo.

"Ainda é comum ler e ouvir relatos sobre desigualdades salariais, violência sexual, feminicídio, baixa representatividade da mulher no poder político, entre outros problemas”, salientou.

A governante chamou a atenção dos decisórios políticos e sociais, no sentido de promoverem mais debates sobre questões ligadas à desigualdade de género, assédio, violência sexual e doméstica.

Entretanto, considerou repugnante a ocorrência de crimes de abusos sexuais sofridas por muitas mulheres e meninas e defende, por isso, punição severa para este tipo de crimes.

A vítima de violência sexual, lembrou, fica com sequelas na vida, que podem incluir o surgimento de uma gravidez na adolescência, transtornos de crescimento, depressão  ou desequilíbrio emocional. "O fenómeno é um dos factores impeditivos para o desenvolvimento da mulher em vários campos da vida, quebrando a auto-estima e, em certos momentos,  levando à morte da vítima”, criticou.

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