“Rosa Baila”, “Chikitita”, “Perdão”, dentre outros sucessos que marcam o percurso artístico de Eduardo Paím, serão apresentados amanhã, a partir das 19h30, no concerto comemorativo aos 60 anos natalícios do cantor e produtor.
Os escritores Agostinho Neto e António Jacinto são, hoje, às 10h, homenageados como “Poetas da Liberdade”, no Festival de Música e Poesia, que acontece no auditório do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa, em Lisboa, Portugal.
A mais recente produção cinematográfica de Funzula Eduardo “Genuíno”, intitulada “A Mulher Que Ora”, tem estreia marcada para 8 de Março deste ano, Dia Internacional da Mulher, às 18h00, em simultâneo nas cidades do Huambo e Uíge.
Segundo o realizador, na cidade do Huambo, o filme será exibido na Biblioteca Provincial, enquanto no Uíge será no Cine Ginásio, com ingressos no valor de mil kwanzas.
A equipa de produção tem, ainda, agendada exibições do filme, no Cuanza-Norte, no dia 10 de Março, às 15h00, no Cine Ndalatando, em Luanda, no dia 22 do mesmo mês, às 18h00, na Casa de Cultura do Rangel "Njinga A Mbande” e dois dias depois, a mesma hora, no Cuanza-Sul, no Auditório do Instituto Médio Politécnico do Sumbe. Os ingressos para as sessões vão custar mil kwanzas.
Rodado na província do Huambo com um elenco de 34 actores, dos 5 aos 50 anos, o filme é uma obra-prima angolana, cujo trabalho de direcção de Funzula Eduardo "Genuíno” e a interpretação da actriz principal Iza Binga são especialmente destacados como os pontos altos.
Os actores Benedito Jolomba, Iza Binga, Isabel Gomes, Nelito Mukwanby, Cesaltina Eduardo e Elisabeth Fernanda Guerra, fazem parte do elenco principal do filme.
"A Mulher que Ora” retrata da história da casa da família Vicente, que é o cenário principal onde muitos momentos marcantes da trama se desenrolam.
A casa é habitada pela matriarca Verónica Vicente, a sua filha Pérsia e o seu marido, Leandro Vicente. Alegre e bem decorada, a casa com muitos objectos pessoais em exibição, transmite a sensação de um lar acolhedor e cheio de vida.
De acordo com o realizador, um dos momentos mais sublimes do filme é quando Verónica, Pérsia e Leandro Vicente se sentam juntos à mesa para compartilhar uma refeição em família. "É um momento de união e harmonia, com conversas animadas e risadas contagiantes. Eles discutem os seus projectos e sonhos, e parecem um trio feliz e amoroso”.
No entanto, conta o cineasta, também há momentos de tensão e conflito na casa. Verónica e a sua filha Pérsia têm uma relação difícil, com muitas divergências. Verónica é uma mulher muito religiosa, enquanto a filha Pérsia tem uma visão mais moderna da vida que frequentemente entra em conflito com a religião da mãe. Esses choques muitas vezes resultam em discussões acaloradas e momentos de desentendimento.
Funzula Eduardo reconhece que a casa da família Vicente é um lugar cheio de altos e baixos, momentos bons e ruins, como toda a família tem, mas o amor e a união que os mantém juntos é o que prevalece ao longo da história.
Segundo o realizador, o filme foi elogiado pela crítica devido à abordagem sensível e emocionante sobre temas como a fé, a perda e a superação, pois como afirmou "a frase ‘uma mulher que ora é perigosa’ destaca o poder e a importância da oração na vida de uma pessoa.
"Para Verónica Vicente, orar é um acto de entrega e fé em Deus, que lhe confere sabedoria e força para enfrentar os desafios da vida” garantiu Funzula Eduardo, acrescentando que "esse é um tema universal que inspira pessoas de todas as culturas e religiões, que reconhecem o poder da oração como uma forma de conexão com algo maior do que nós mesmos”.
A produção do filme contou com o apoio da Igreja Pentecostal, Hospital da Fé e Pensão Huambo, e com as parcerias da Viana Editora, Casa de Cultura do Rangel "Njinga A Mbande”, Grupo Art Seque, Agência Star Gang, Chong 3D. Ineto Filmes, ClickCenter, Criativos e Casa Toy Eventos.
Perfil do realizador
Funzula Eduardo, de nome artístico Genuíno, é formado desde 2009 em realização
e edição de Cinema pela TV Miramar de Moçambique, onde, também, frequentou o
estágio.
Em 2010 fez o curso de Caracterização de Cinema, no Centro de Formação da Profith, no Cazenga, em Luanda. No ano seguinte começou a trabalhar em prol do desenvolvimento do cinema nacional. É formado em Cinema e Televisão na República Democrática do Congo (RDC) e Moçambique.
Funzula Eduardo está ligado ao mundo cinematográfico já há 25 anos. Fui formado por Djef Ngoma, na província do Mbanza Kongo.
Actualmente, o realizador de cinema e televisão reside no Sequele, em Cacuaco, na capital do país.
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