No entanto, o antigo magistrado, actualmente presidente da Plataforma Cidadã Nexos GE, que luta pelo respeito dos direitos humanos, foi "destituído do cargo em 2018 devido a  uma suposta oposição ao Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo", segundo a AFP.

No exílio desde 2020, Ondo Angue reparte a sua vida entre França e Espanha, depois de ter fugido a uma tentativa de detenção na sua casa, na capital equato-guineense, Malabo, por militares que o procuravam na altura, no âmbito de uma investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado, em Dezembro de 2017. Dominique Inchauspé fundamenta as suas acusações de tentativa de rapto em "convites repetidos" dos "serviços externos para regressar a Malabo.

Estas práticas destinavam-se a "detê-lo arbitrariamente", argumenta o advogado na sua queixa, e já foram utilizadas contra outros opositores políticos, levando, na sua opinião, à sua "prisão” e "tortura”. No início de Janeiro, o Governo da Guiné Equatorial recuperou vídeos íntimos de Juan Carlos Ondo Angue e de uma jovem, e foram difundidos no portal oficial do Governo e na televisão estatal.