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Países devem observar o Direito Internacional

O Presidente chinês e o chanceler alemão abordaram, terça-feira, as diferenças políticas que estão na base da tensão mundial, com realce para os conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza, e afirmaram que os países devem agir em defesa do Direito Internacional em todo o mundo.

17/04/2024  Última atualização 09H25
Jinping e Sholz manifestam disponibilidade para reforço da cooperação política © Fotografia por: DR

Xi Jinping e Olaf Scholz defenderam, igualmente, a resolução adequada das questões internacionais de segurança alimentar e a conformidade com as normas internacionais. O chanceler alemão aproveitou a deslocação à China, onde se encontra, no âmbito de uma visita de Estado, para manifestar o desejo de ver as autoridades de Pequim a tomarem uma posição mais firme e de acordo com aquilo que são os interesses da União Europeia no conflito da Ucrânia. 

Sobre o assunto, o líder chinês sublinhou a Scholz que a China apoia a convocação de uma conferência internacional de paz com a participação igualitária de todas as partes e uma discussão justa de todos os planos para resolver a crise ucraniana, segundo a imprensa brasileira.

"A China apoia uma conferência internacional de paz reconhecida pela Rússia e pela Ucrânia, com a participação igualitária de todas as partes e a discussão justa de todos os planos de paz", disse Jinping.

O Presidente chinês e o chanceler alemão realizaram uma profunda troca de opiniões sobre a crise ucraniana, ambos afirmaram que estão comprometidas com a defesa dos propósitos e princípios da Carta da ONU e se opõem ao uso de armas nucleares e ataques a instalações nucleares civis, segundo a emissora chinesa CCTV, citada pela imprensa brasileira.

O líder chinês sublinhou que Pequim incentiva e apoia todos os esforços que contribuam para a resolução pacífica de conflitos. "Na situação actual, para evitar que a guerra se agrave e saia do controlo, todos os lados devem trabalhar juntos para restaurar a paz o mais rápido possível", continuou Jinping.

No entanto, o representante especial do Governo chinês para Assuntos Euroasiáticos, Li Hui, concluiu a segunda viagem pela Europa com o objectivo de encontrar soluções políticas para a crise ucraniana. Visitou a Rússia, Bélgica, Polónia, Ucrânia, Alemanha e a França, onde manteve conversações com as autoridades. 

Polónia reforça contingente militar na fronteira com a Ucrânia

O vice-Primeiro-Ministro e ministro da Defesa Nacional da Polónia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, anunciou, ontem, o reforço dos contingentes militares polacos e norte-americanos na fronteira com a Ucrânia, face ao aumento da intensidade do conflito. 

"A presença do Exército em Rzeszow será ainda maior. Esse é um dos investimentos mais importantes do nosso Governo, um investimento em segurança", disse Wladyslaw Kosiniak-Kamysz. Explicou que Rzeszow, na voivodia de Podkarpackie, é o centro de fornecimento de armas e ajuda humanitária da União Europeia e dos EUA à Ucrânia.

"E mais adiante, haverá soldados presentes em Rzeszow — tanto polacos quanto norte-americanos. Esse é um ponto extraordinariamente importante no mapa da Polónia e do mundo. É um centro que oferece uma chance de ajudar a Ucrânia", explicou o vice-Primeiro-Ministro e ministro da Defesa Nacional da Polónia, citado pela imprensa brasileira.

"Declaro uma presença muito forte do Exército na voivodia de Podkarpackie - no flanco oriental da OTAN. Nós investiremos nisso. Estamos a implantar novas divisões, investindo muito forte", acrescentou.

Entretanto, a Rússia acredita que as entregas de armas à Ucrânia e o treinamento dos seus militares impedem um acordo de paz e envolvem, directamente, os países da OTAN no conflito, aumentando "o perigo do alastramento da guerra".

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, alertou para o facto de que qualquer suprimento que contenha armas para a Ucrânia seria um alvo legítimo para as Forças Armadas da Rússia.

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