O secretário de Estado para os Recursos Minerais exortou este sábado, em Luanda, os empresários e empreendedores nacionais a terem maior perspicácia e interesse em investir nos vários segmentos do sector mineiro com vista a tirar proveito das potencialidades do país e a melhoria do ambiente de negócios.
Os produtores de café na província do Bengo defenderam, no final da 1ª Conferência provincial, realizada quinta-feira, no auditório general Foguetão, na Açucareira, mais facilidades no acesso ao crédito bancário e taxas de juros bonificados para melhor poderem levar a cabo a sua actividade.
Os produtores querem, também, uma definição clara do preço mínimo do café no mercado nacional e o preço que deve ser comercializado nos mercados internacionais e ficou ainda definido que todos os comerciantes para exercerem a sua actividade devem estar inscritos no Instituto Nacional do Café de Angola (INCA) para evitar garimpeiros e furtivos. Da mesma forma os empresários (micro, pequenos e médios, e todos os demais promotores da diversificação da economia foram orientados a apresentar os seus projectos às agências bancárias para poderem beneficiar de taxas de juros que doravante deverão ser bonificadas. "As administrações municipais, no âmbito das suas capacidades financeiras deverão direccionar alguns recursos financeiros para a produção de mudas, em parceria com o sector privado e, por outro lado, envidar esforços para melhorar as vias de acesso às fazendas para facilitar o escoamento da produção.
Os cafeicultores elogiaram a iniciativa do Governo do Bengo e de igual modo apresentaram como preocupação o mau estado das vias, a mão de obra e os factores ligados à produção.
Os mesmos sugeriram também a possibilidade do Estado subvencionar parte da produção do café, bem como a realização de acções de formação para os jovens de modo a abraçarem a produção do café, assim como a redução da burocracia na obtenção de créditos.
Os produtores recomendam, ainda, a realização de eventos do género em formato de palestras junto das comunidades e o Estado prestar mais apoio às cooperativas e associações de camponeses.
Na sua intervenção, a governadora provincial voltou a incentivar os homens do campo a relançarem o cultivo do café, tendo deixado como recomendação a organização administrativa das suas empresas ou cooperativas para terem acesso ao crédito, e da parte do Governo garantiu o apoio institucional.
A Conferência Provincial serviu para dar impulso ao compromisso de todos contribuírem para o desenvolvimento do país, mediante a diversificação da economia através do café, um produto de eleição que já dominou as exportações dos anos de ouro da República de Angola.
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