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Senegal corta acesso à internet móvel

JA Online

O Senegal cortou o acesso à internet móvel, esta terça-feira, antes de uma marcha proibida contra o adiamento das eleições presidenciais, avançou a Reuters.

14/02/2024  Última atualização 11H29
Senegal corta acesso a internet móvel em meio a crescente repressão à dissidência © Fotografia por: DR

Após confrontos mortais entre manifestantes e a polícia, no final da semana passada, o governo senegalês recusou-se a permitir uma marcha silenciosa planeada por grupos activistas para terça-feira e ordenou às operadoras móveis que suspendessem o acesso à Internet.

Num comunicado, o Ministério das Comunicações daquele país explicou que a suspensão era necessária porque mensagens online odiosas e subversivas provocaram a agitação anterior.

Já monitor de Internet Netblocks considerou que "o incidente ressalta o uso crescente da censura em massa no país”.

O adiamento das eleições de 25 de Fevereiro para Dezembro mergulharam o Senegal numa crise e intensificaram uma reacção contra o que muitos consideram uma tentativa de prolongar o mandato do Presidente Macky Sall e uma ameaça a uma das democracias restantes na África Ocidental atingida por um golpe de Estado.

Em reacção às repressões, o gabinete dos direitos humanos da ONU e a Amnistia Internacional acusaram, igualmente, as autoridades de desrespeitarem os direitos fundamentais à liberdade de reunião e de expressão e de usarem força excessiva contra os manifestantes.

"A suspensão renovada de hoje do acesso à Internet móvel e a proibição da marcha silenciosa são violações do direito à liberdade de expressão e do direito à informação”, afirmou o escritório da Amnistia na África Ocidental no X.

Por sua vez, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em uma ligação com o presidente senegalês, na terça-feira, reiterou a preocupação dos EUA com a situação e deixou claro que os Estados Unidos desejam que as eleições continuem conforme programado, disse o Departamento de Estado, segundo a mesma fonte. 

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