O Papa Francisco apelou, este domingo, às melhores condições nas prisões, considerando fundamental que o sistema prisional ofereça aos presos espaços de crescimento.
A União Africana (UA) manifestou preocupação com "a tensão entre comunidades locais" no Norte da Etiópia e apelou ao "fim das hostilidades" que já obrigaram pelo menos 50 mil pessoas a deslocarem-se, segundo a ONU.
O Governo do Uganda pediu mais fundos aos parceiros internacionais para manter a sua política única de acolhimento de refugiados, que registou um aumento nas chegadas nos últimos dois anos, acompanhada de uma taxa de natalidade muito elevada em acampamentos.
A chefe da Ajuda Humanitária da União Europeia no Uganda, diz Bruno Rotival, que prestou a informação, sublinhou que, embora a guerra civil no Sudão seja a última crise enfrentada na região dos Grandes Lagos, o nível de assistência humanitária global ao Uganda diminuiu ao longo dos anos.
Em 2018, continuou, foram gastos cerca de 170 dólares ao ano por refugiado.
O Uganda, país que tem o maior campo de refugiados do mundo, continua de portas abertas para as vítimas de conflitos armados, mas está com dificuldades para prestar o apoio necessário às famílias necessitadas, referiu.
Neste momento, o maior campo acolhe 1,6 milhões de pessoas. Mas, os cortes financeiros poderão pôr em risco o seu modelo de portas abertas, refere Rotival. A maioria dos refugiados, realça, é proveniente dos vizinhos Sudão do Sul e da República Democrática do Congo (RDC), em que atormentaram as pessoas fugidas da violência e dos confrontos militares.
"Mais de 80% da população de refugiados são mulheres e crianças, muitas vezes fugindo depois das suas aldeias terem sido atacadas e os seus maridos e pais terem sido mortos”, revelou uma ONG internacional citada pela AFP.
O Uganda permite a entrada de todos, beneficiando da ajuda humanitária prestada por parceiros internacionais, que financiam infra-estruturas como escolas e hospitais, utilizadas tanto pelos refugiados como pela população local.
O Governo ugandês concede protecção imediata a quem vem de regiões em guerra, como explica Claire Birungi Agaba, do Conselho Norueguês para os Refugiados, uma das organizações envolvidas.
"Quando se trata de congoleses, sudaneses e sul-sudaneses, eles conseguem obter uma directiva do Governo, uma vez que haja uma emergência nos países de origem, que provoca a deslocação de um grande afluxo de pessoas. Portanto, eles recebem o estatuto de refugiado”, disse.
Claire Birungi Agaba explica que, nos assentamentos, cada refugiado tem direito a uma pequena parcela para cultivar e apoio monetário e alimentar, enquanto os menores são acompanhados por famílias de acolhimento de outros refugiados.
Em Nakivale, "a pobreza e o abandono escolar são generalizados e os refugiados que não trabalham lutam para fazer face aos três quilos de arroz e meio quilo de feijão que lhes são fornecidos por mês”, segundo o Conselho Norueguês para os Refugiados.
Refere que a taxa de atraso no crescimento é de 40%, a de desnutrição aguda varia de 10 a 15%, entre crianças menores de cinco anos, afectadas pelo pico de emergência, que atinge fortemente as defesas imunitárias e o desenvolvimento infantil.
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