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Uíge: Malária preocupa médicos no Songo

Victor Mayala | Uíge

Jornalista

Uma média de sete mil casos de malária tem sido registada, mensalmente, nas unidades hospitalares do município do Songo, província do Uíge.

18/03/2024  Última atualização 07H24
Director municipal do Songo da Saúde, Etelvino Kiangangu Alberto © Fotografia por: Filipe Botelho | Edições Novembro | Uíge

Segundo o director municipal do Songo da Saúde, Etelvino Kiangangu Alberto, a malária ocupa o topo das patologias mais frequentes na localidade, seguida de doenças diarreicas, respiratórias agudas, hipertensão arterial e má-nutrição.

De acordo com o responsável, a última tem afectado, principalmente, crianças e gestantes.  

"O nosso município é hiper-endémico à malária. Mensalmente registámos uma média de sete mil casos, uma situação que nos preocupa bastante”, disse, acrescentando que, em função desta realidade, a necessidade de compra de medicamentos é constante, sobretudo os anti-malarícos, testes rápidos, analgésicos e antipiréticos para a resolução dos casos.

Etelvino Alberto disse que o sector está, igualmente, preocupado com as doenças crónicas e não infecciosas, como é o caso da hipertensão arterial, que afecta, maioritariamente, indivíduos dos 25 aos 45 anos.

"Em relação a essas doenças, temos feito palestras para sensibilizar a população, sobretudo os jovens, no sentido de se cuidarem, pois a hipertensão arterial, particularmente, é uma doença letal. O mais importante é a deteção precoce e o tratamento contínuo da doença”, referiu.

O director deu a conhecer que têm sido, também, realizadas várias outras actividades de prevenção contra a malária, como a desinfestação e pulverização nas comunidades para a redução de mosquitos adultos e em forma de larvas, introduzindo larvicidas nas lagoas, além da destruição de charcos que são os locais de reprodução destes vectores.

"Temos máquinas para fazer a fumigação, mas, também, encontramos alguns constrangimentos, derivados do facto destes equipamentos gastarem muito combustível”, esclareceu.

O responsável fez saber, ainda, que o sector da Saúde do município do Songo trabalha com 30 unidades sanitárias, entre as quais 27 Postos de Saúde, um Hospital Municipal, um Centro-Materno Infantil e um Centro de Saúde. Das 30 unidades sanitárias existentes, algumas estão paralisadas, devido à carência de recursos humanos, particularmente de técnicos de Enfermagem.

Etelvino Alberto lembrou que, em termos de recursos humanos, o sector tem um total de 198 trabalhadores, entre médicos, enfermeiros, técnicos de laboratório e pessoal auxiliar distribuídos em todas as unidades sanitárias do município.

"Dos nove médicos existentes, sete encontram-se em formação de especialidade, na província de Luanda, nas áreas de Pediatria, Gineco-obstetrícia, Cirurgia, Anestologia e Medicina Familiar”, disse.

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