Opinião

A guerra contra a Covid-19 e a distribuição de vacinas

A luta contra a pandemia da Covid-19 continua em todo o mundo. Estados de diferentes continentes continuam a enfrentar, com maiores ou menores dificuldades, uma doença que está a afectar a vida de milhões de pessoas.

26/05/2021  Última atualização 06H00
O secretário-geral da ONU, António Guterres, foi claro ao afirmar que "a pandemia da Covid-19 provocou um 'Tsunami' de sofrimentos." Guterres disse ainda, a propósito da pandemia, que "mais de 3,4 milhões de vidas se perderam, cerca de 500 milhões de empregos foram destruídos e milhares de milhões de dólares foram subtraídos nos orçamentos das empresas". Perante este quadro, as atenções dos Estados viram-se para as vacinas que podem reduzir substancialmente o número de infecções e de mortes, por coronavírus.

 A distribuição das vacinas pelo mundo é entretanto um assunto que tem suscitado muita polémica, em virtude do egoísmo de um pequeno grupo de países que se opõe ao acesso de todos àqueles fármacos, em quantidade suficiente para garantir a imunização de muitos milhões de pessoas que vivem em Estados com sistemas de saúde frágeis e sem recursos financeiros para os comprar.

Tedros Ghebreyesus, director-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que "o número de doses de vacinas administradas em todo o mundo teria sido suficiente para cobrir todos os trabalhadores do sector da Saúde e as pessoas idosas, se tivessem sido distribuídas equitativamente." O director-geral da OMS informou que mais de 75 por cento de todas as vacinas foram administradas em apenas dez países.

 A pressão que tem sido feita para se acabar com a distribuição injusta das vacinas terá levado a União Europeia a tomar uma posição para que haja colaboração internacional e solidariedade.Marta Temido, ministra da Saúde de Portugal, que detém a presidência da União Europeia, afirmou que "apoiamos a distribuição de vacinas em países com necessidades humanitárias críticas e sistemas de saúde frágeis." 

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