Entrevista

“A Saúde Pública é um problema de todos”

Isaquiel Cori

Jornalista

O coronel-médico reformado, escritor e investigador cultural Domingos Fragoso enfrenta, com fortaleza de espírito, as vicissitudes decorrentes das complicações da diabetes. Os seus membros inferiores foram amputados e agora está na fila de espera por um transplante renal em Portugal, onde se encontra há seis anos. Espantosamente, apesar das adversidades da vida, Dartanhã Fragoso, seu pseudónimo literário, não perdeu o fino senso de humor e o optimismo. É na religiosidade, na leitura, na escrita e na família que encontra o suporte espiritual. Em entrevista ao Jornal de Angola, o médico e escritor fala das circunstâncias da sua doença, opina sobre a situação da Saúde Pública em Angola, revela o que gosta e o que detesta nas redes sociais e dá a conhecer alguns dos seus planos

21/04/2024  Última atualização 11H33
© Fotografia por: DR

Há quanto tempo está em Portugal? Que  problema de saúde o levou a lá ir?

Estou em Portugal há exactos 6 anos e 9 meses. Vim por conta de uma doença renal crónica. Actualmente, segundo os médicos, estou estável, compensado graças ao tratamento de substituição, vulgo hemodiálise. Tambêm aguardo pelo transplante renal, em lista activa de espera. Estou praticamente estável. Compensado. A única dificuldade é a contrariedade que tive o ano passado. Pois por conta da diabetes perdi as duas pernas. Acabei bi-amputado. Assim tenho menos autonomia, não caminho autonomamente, só em cadeira de rodas, enquanto aguardo as próteses biónicas. E rezo praticamente todos os dias a Deus para té-las, logo que possível.

Antes, em Angola, como médico trabalhava em que instituição?

Fui médico militar. O meu grupo de formação foi o primeiro a ir para as brigadas, para as frentes de combate. Na altura, em 1989, fui colocado no Cuando Cubango, exactamente no Cuito Canavale, como Chefe dos SAMM/FAPLA, e a partir de lá acompanhamos as tropas em várias operações. Assim, em Março de 2018, acabei agraciado por Sua Excelência Comandante-em-Chefe com a medalha de mérito militar do 2º grau.

Depois, nos últimos anos trabalhei em vários centros médicos de Empresas Públicas, como ENSA, Porto de Luanda, Angola Telecom, BCI, ENANA. E ultimamente no Centro Médico da ENE, depois ENDE, onde fui sub-director dos Serviços Médicos e director clínico. Também, durante 20 anos, fui colaborador da RNA, onde fazia a rubrica Médico em Casa no programa Boa Noite Angola, com o ilustre colega Dr. Pedro da Rosa. E posso dizer que foi uma experiência bastante interessante e preenhe de humanismo. Pois recebíamos centenas de cartas e muitos telefonemas de todo o país. Assim ajudávamos as pessoas esclarecendo, informando e encaminhando casos para as especialidades e unidades de referência, quando podíamos. Foi uma labuta bastante encorajadora e solidária.

 
Os custos da sua estada e tratamento, incluindo a medicação, são assumidos por si e pela sua família ou tem apoio de instituições?

Na prática, é a Junta Nacional de Saúde de Angola que assume as despesas. Mas estive dois anos fora da Junta, à conta das altas administrativas, e aí sim, eu e familia "pagámos o pata”, ou seja, íamos assumindo as despesas médicas e afins. O que facilitava um bocado é o facto de termos o número de Utente e estarmos inseridos no SNS (Sistema Nacional de Saúde de Portugal), que é universal e gratuito.

 
Certamente o seu problema de saúde não aconteceu de repente. Enquanto médico não teve meios para detectar e travar a sua doença?

Uma pergunta difícil. Quem faz milagres é Jesus, o médico dos médicos. Eu padeço de uma doença crónica, diabetes. A longue, as doenças crónicas têm complicações, havendo maior ou menor controlo (cuidados). E a doença renal crónica é uma das terríveis complicações. Outra é a amputação de membros. É frequente nos diabéticos. Pois esta doença dá complicações vasculares, obstruções, etc.

 
As complicações das diabetes e de outras doenças crónicas, e que levam mesmo a mortes, têm muito a ver com as dificuldades de acesso aos medicamentos, que são muito caros. Enquanto médico e paciente, o que tem a dizer em relação a isso? Estamos a falar de Angola...

De facto é um problema sério, os preços dos medicamentos. É insuportável. E com certeza as pessoas morrem ou têm ainda  outras complicações, mais ou menos grave, por falta de "bolso” para comprar os medicamentos. Custa acreditar que os valores da Esquerda, que aprendemos em 1975, não sejam aplicados e respeitados. Só pra lembrar, o antes mal falado capitalismo/imperialismo e a Direita, a social democracia e a democracia cristã, roubaram estes valores à Esquerda. Cá em Portugal, com o SNS funcional, a insulina é gratuita. Outros medicamentos para doenças crónicas têm subvenção do Estado, o doente paga uma ninharia. Mas custa fazer? Acho mesmo que custa. É mais fácil fazer maratonas, com bebedeiras quase a borliú. Este estado de coisas tira o cidadão do sério. Até parece que o povo vota pra sofrer!
Eu, pessoalmente, sou de Esquerda e valorizo-a, mas o que está a ser feito em Angola não é peixe nem carne. É pecado, e Deus não gosta. Só desabafei mesmo!...


Quais têm sido os seus suportes espirituais? Tem tido apoio psicológico e espiritual?

Interessante pergunta. Sou filho de cristãos metodistas. E cedo aprendi a adorar a Deus, Pai Celestial e Nosso Criador. A Bíblia Sagrada é o meu actual livro de cabeceira. Leio-a quase todos os dias. Oro e louvo bastante ao nosso Deus. Aos domingos, a ida à Casa do Senhor é obrigatória. Bíblia na mão e Deus na cabeça e alma. Recebo regularmente a visita de irmãs missionárias que me dão algum apoio espiritual. Assim continuamos fortes e com fé em dias melhores e confiantes na esperança que nunca morre. É eterna. E dizemos glória a Deus, Pai.

 
Além do aspecto devocional, o que é que mais admira na Bíblia? Se tivesse que convencer alguém a ler a Bíblia, o que diriaa essa pessoa?

No Novo Testamento gosto muito dos Salmos, Crónicas, Deuteronómio, Próverbios... Do Velho Testamento adoro os livros de Mateus, Marcos, Lucas, Coríntios, e todos os enses (Filipenses, Colosenses, Tessalonicenses), Pedro e João.

Para ter fé e acreditar não se convence, nem se persuade. É tudo uma questão de acreditar e de educação. Lembro que no tempo colonial, no ensino secundário havia a cadeira de Moral e Religião. Por outra, sabe-se hoje de historiadores renomados que o Ocidente roubou a religião cristã da nossa querida e amada África.

 
Acredita que a crença e a fé em Deus é uma necessidade fundamental neste mundo em que vivemos?

Sim, acredito. E tenho a minha experiência, de familiares e pessoas próximas, que diante de muitas adversidades, com leituras e estudos bíblicos, orações e louvores ao Pai Celestial fortificaram a mente e o espírito. E mantiveram muita luz e sabedoria em seus caminhos e labutas, ou seja, como se diz na gíria, "sacudiram a poeira e caminharam por cima”.

Acredito que sim, mas sem falsos profetas milagreiros e negociantes da fé. Também é correcto, bom e sublime dizer que a religiosidade do africano é inata, o que o fez resistir ao colonialismo e a escravatura, a levantar e a lutar pelas independências e liberdades. Lembro que o primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, teve desde o berço o metodismo e acabou tendo a bolsa da Igreja para a metrópole, onde os genes da política libertária se desenvolveram nele. Acabou por liderar o MPLA sem fundá-lo, bem como a luta armada de libertação nacional e proclamar a Independencia. E mais: iniciou a política de reconcialição nacional entre angolanos desavindos. Vale lembrar que andam aí os Ngondas, Camabaias, Hendriks e outros para testemunhar.

 
Sendo escritor, continua a escrever? Tem material inédito para publicar?

Que pergunta? Bateste forte no meu Ego. É praticamente meu "esporte” favorito a escrita activa, e boas e bastante leitura, pois exercitamos o cérebro, a mente e o espírito. Temos praticamente no prelo quatro livros. Temos aproveitado bastante este período sabatino com o exercício da escrita activa. Tenho por publicar poesia, crónicas, um livro de contos ("As putas também têm um Deus”), um romance histórico sobre a revolução do algodão em Catete em 1922 e o papel do nativista e advogado António de Assis Júnior. E tambêm um livro para ajudar diabéticos a controlar melhor a doença e a terem boa qualidade de vida ("A diabetes não é uma sentença de morte / Aprenda a viver e a conviver com ela”).

 
Fez démarches para publicação desses originais junto de alguma editora? Algum desses livros já está no prelo?

Ainda nenhum está no prelo. Sim, já fiz démarches. Cá em Lisboa e no Norte de Portugal (Porto) há editoras como a velha Chiado que faz edição patrocinada. O que falta?, pergunto-me e respondo: a poesia, as crónicas e os contos estão prontos, faltando arranjos e afinações. Lembro que estas últimas não valem só pra música. É para a arte quase toda. Quanto ao romance histórico, continuo a investigar mais na torre do Tombo, e noutras fontes escritas. Piamente acredito que p’ro ano fica quase tudo no prelo. "Um pacote completo”, se Deus quiser, e é para compensar os mais de 10 anos meus de jejum literário.

Tem tido contactos com escritores angolanos em Portugal? E em Angola?

Não em Portugal. Parece-me que os escritores que estão cá não são da minha geração, são os da Geração da Utopia. Manuel Rui, Luandino Vieira, etc. Ocasionalmente em duas ocasiões encontrei o mestre Lopito Feijó  que vinha visitar o filho que estuda.   Em Angola, falo com alguma regularidade com Norberto Costa e Flas Dombe, meus confrades que juntos fundámos a SAE (Sociedade Angolana de Escritores), algo moribunda a precisar de UTI e reanimação, diga-se de passagem, com o Kagim Bangala (o nosso Costinha), o mestre Luis Kandjimbo, e outros ilustres desconhecidos.

 
Acompanha a actualidade política e cultural angolana? Quais são os meios que usa para se informar sobre Angola?

Acompanho sim. Quanto aos meios são diversos. O Jornal de Angola, o Novo Jornal e restantes semanários. As rádios online, principalmente a RCA (Rádio Cultura Angola) do grupo RNA, e, naturalmente, as tidas como incómodas nas democracias africanas, as redes sociais. Neste quesito acompanho com regularidade a página do Facebook Conversas a Sombra da Mulemba, de Raimundo Salvador, o Platinaline, etc.

 
O que é que mais aprecia nas redes sociais? E o que mais detesta?

Redes sociais, um bom assunto que "puxa apetite”, ou melhor, como diz o meu confrade Kajim Bangala, o Costinha, é um verdadeiro "capuxa funji”. Peremptoriamente afirmo que é o quintal mais democrático do mundo. De mau tem: a fofoca barata, o "esculhambar” a vida alheia, a intriga social e política, o assassínio de carácter, as falsas notícias (parece que agora morrem todos os dias vários cantores angolanos), a calúnia e a difamação. Ainda de mal vale acrescentar: às vezes sentimos que somos vigiados e censurados, a manipulação de crianças por políticos e religiosos, falsos profetas, e alguma promoção da prostituição e do homosexualismo.

De bom há: postagens e vídeos bons com novidades científicas, as dietas vegetarianas e outras, o nosso funji e o seu capuxa já aparecem, bem como a boa poesia de João Tala e outros, e, sem bajulações, as várias intervenções do Presidente João Lourenço.


Pensa um dia voltar à sua actividade profissional enquanto médico?

É mister dizer-se que o futuro só a Deus pertence. Claro que sim. Tanto é que penso, se tiver alguns apoios institucionais, fazer um mestrado em Saúde Pública, para puder ajudar melhor o meu país. Isto porque os maiores problemas de saúde de Angola não são de ordem curativa e hospitalar, são de carácter primário. É a Saúde Pública.

 
A Saúde Pública em Angola está doente? Pode traçar a ficha clínica desse paciente chamado Saúde Pública em Angola?

Um tema polémico e dificil, pois no país há muita alergia à crítica e a sugestões especializadas. Há muito achismo, como bem diz o Professor Carlos Feijó. Começo por citar o fenómeno baptizado por "Tala”. Se tivéssemos aquele Laboratório Nacional de  Saúde Pública (fica atrás do Maria Pia) com investimentos num laboratório de virologia, há muito teríamos esclarecido o fenómeno e não deixaríamos as populações à mercê de curiosos e aprendizes de feiticeiro. Por outra, é importante lembrar que Saúde Pública é um problema de todos e não exclusivamente do Ministério da Saúde e seus técnicos especializados. Vejamos o que se chama "determinantes da saúde”, que são factores diversos relacionados com a nossa saúde, e cito: o saneamento básico, a àgua de qualidade, a boa intervenção da media na Educação para a saúde das nossas populações, etc.

Vale aqui valorizar o bom desempenho do Executivo na pandemia da Covid-19. A malária é o nosso principal problema de Saúde Pública. Cuba erradicou há bastante o paludismo. Nós não o fizemos porquê? Custa eliminar os criadouros dos mosquitos (àguas paradas) em nossas casas, nos vasos de plantas? Digo que não custa, pois há medidas simples e económicas, é só deitar óleo queimado dos carros, que sobram nas oficinas, nas águas paradas.

O assunto ficava resolvido em 6/10 sábados vermelhos, com participações. Com motobombas os municípios podiam secar estas águas paradas. Os carros de fumo deviam fumegar os nossos bairros todos os dias. A figura do fiscal sanitário deve ser ressuscitada, com alguma pedagogia e multas pecuniárias aos donos dos quintais infractores. Nas escolas e na media tem de haver muita educação. É, por outra, urgente massificar a figura do médico de familia. Com muita proximidade às famílias nos centros de saúde e nos bairros.

Acredito piamente que assim erradicaremos o paludismo ou málaria. Há o Projecto Rio Luanda do Engenheiro António Venânico, que embora me pareça algo caro, iria ajudar bastante a resolver este bicudo problema de saúde pública que é a malária, doença que mais mata angolanos e, sobretudo, as nossas ricas e lindas crianças, o maior tesouro que o país tem, o verdadeiro futuro. São elas e não o petróleo, os diamantes ou o turismo a nossa verdadeira riqueza. Lanço aqui um apelo "arrogantemente saudável”: angolanos unidos, lutemos desta vez com todas as armas disponíveis pela erradicação definitiva do paludismo.     

 
Disse que a Sociedade Angolana de Escritores (SAE) está "algo moribunda”. Mas alguma vez ela teve vida?
O que esteve na origem da sua criação?

Sobre a SAE, de facto, anda algo moribunda, posso mesmo dizer em coma vigil. Foi fundada, mas teve duração efémera. Acho que faltou mais engajamento da direcção e fundadores, além de questões de natureza logistica e afins. Mas tenho fé que foi uma importante peça no exercício da democracia cultural. A UEA que o diga se tiver memória, e acredito que tem (não é um vulgar "bife”), pois é uma verdade verdadeira, perdoem-me a redundância.

Qual é o legado da SAE? Considera que ela teve algum impacto na história da Literatura Angolana?

Exercitamos a democracia cultural, por um lado, por outro despertamos e ajudamos a UEA a abrir as portas a uma fornada de novos escritores, jovens, e até muitos da Brigada Jovem de Literatura que ela, a UEA, teimava em não admiti-los como membros devido a alguma arrogância e preconceito. Muitos escritores quase-fundadores da SAE entraram para a UEA naquela fornada, dois dos quais na direcção (os confrades infelizmente falecidos António Gonçalves e António Panguila). Por outra, ajudámos a reanimar a figura libertária, do moderno nativismo angolano, mais um António, desta feita Assis Júnior, de sua nobre graça, escritor e autor do primeiro romance angolano genuíno. Tanto é que um dos confrades disse/escreveu na altura, algo emocionado, entusiasmado com a entrada na UEA, o polémico "descolonizámos a UEA”, que fez bastante mossa e animou acesos debates. Acho que foi o escritor Jimmy Rufino, se a memória não me trai. 

 
As leituras que tem feito, além da Bíblia, consistem em livros novos ou num regresso aos livros antigos, aos clássicos?

Leio muitos. E muito. Antigos, clássicos. Na maior parte das vezes faço maratonas de leitura, aproveitando o período sabatino imposto pela doença renal crónica (leio 2-3 livros em simultâneo). Ando a ler Uanhenga Xitu: "Manana” e "Mestre Tamoda”, também "O Ministro”. O clássico de Agostinho Neto, "Sagrada Esperança”, também "O Segredo da Morta” de António de Assis Júnior. P’ra semana começo a ler um clássico dos PALOP, "Estrada de Beirute”, Gabriel Mithá Ribeiro e um clássico da literatura, "1980”, de Salmam Rushdie, o escritor anglo-indiano com pena de morte decretada pelo extremismo islâmico.

 
O facto de estar longe de Angola lhe permite um olhar distanciado e sereno sobre o país. Quando pensa na sua pátria o que é que mais lhe ocorre?

De Angola: primeiro muita nostalgia, segundo muita preocupação e pena pela miséria que leva muitos a recolher alimentos no contentor, quando o nosso chão dá tudo, como bem canta o amigo Dom Caetano. O que falta? Vamos mazé trabalhar, minha gente do bem. Liberdade e Independência já temos. Agora é labuta a sério, e, "mãos na massa”, a terra é nossa. Mobilizemo-nos para o trabalho. Com força. Em força. E com coragem. "Colenu n’gola tuaitambula”, canta e bem o artista do Bengo [Prado Paim].

 
Qual é a sua preocupação maior quando pensa no ser humano e no seu destino como espécie?

Minha preocupação maior é a extinção da espécie humana, com tantas guerras por aí e crises económicas cíclicas. E gente demais com armas nucleares. E quase todos a "aborrecer” o ambiente. Um dia destes, o ambiente explode com todos nós, ou um louco - vestido de líder - aperta no botão nuclear, e zás! Puff...


Detentor da Medalha  de Mérito Militar

Domingos Rafael Fragoso, 60 anos, com pseudónimo literário Dartanhã Fragoso, é coronel-médico reformado, escritor, poeta e investigador cultural. Publicou os livros "Paradigmas” (1995), poemas; e "Agostinho Neto, o libertador” (2003), ensaio.  Publicou igualmente ensaios, crónicas e artigos no Jornal de Angola, Jornal Comércio Actualidade, Semanário Angolense, TVeja e noutros. Tem pronto para publicação o ensaio "A revolução do algodão, Catete, 1922 e o papel do advogado nativista A. Assis Júnior”.

Durante mais de 20 anos co-apresentou a rubrica  "O Médico em Casa”, no programa "Boa Noite Angola”, da Rádio Nacional de Angola. 

Foi fundador de duas associações de estudantes, sob patrocínio da JMPLA: a do Ensino Médio e a do Ensino Superior. 

Deu aulas nas escolas 1º de Maio, Ngola Kiluange e PUNIV, todas em Luanda. Também leccionou na Escola de Enfermagem do Hospital Militar Central.

Licenciado em Medicina pela Universidade Agostinho Neto, foi médico e chefe dos SAMM/ FAPLA no Cuito Cuanavale, tendo nessa qualidade participado na Batalha do Cuito Cuanavale. Foi médico interno no Hospital Militar Principal e director clínico de várias clínicas de empresas (ENSA, Porto de Luanda, Angola-Telecom, ENANA e BCI).

Em Março de 2018  foi agraciado pelo Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, com a Medalha de Mérito Militar de 2º Grau, pela sua participação na Batalha do Cuito Cuanavale.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Entrevista