Política

Angola apoia isenção da propriedade intelectual

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, afirmou, ontem, que Angola "acolhe calorosamente" e apoia a iniciativa de uma isenção temporária dos direitos de propriedade intelectual relacionados com a Covid-19, tanto para vacinas como para medicamentos, o que evitaria o actual acesso desigual às vacinas.

26/05/2021  Última atualização 09H06
Ministra da Saúde discursou na 74ª Assembleia da OMS © Fotografia por: Santos Pedro| Edições Novembro
Ao apresentar a declaração do país, na 74ª Assembleia Mundial de Saúde, que decorre a partir de Genebra, Suíça, por videoconferência, a ministra reconheceu que o tempo de pandemia que iguala os países em desenvolvimento e desenvolvidos deveria ser uma oportunidade para reduzir as desigualdades entre países e dentro de cada um dos países.

"Angola também considera que não é apropriado que cada região tenha o seu próprio passaporte de vacinação. Estamos convencidos de que a OMS deveria liderar o processo de um passaporte universal a fim de evitar a discriminação e de "não deixar ninguém para trás"", sublinhou.
A este respeito, felicitou o director-geral da OMS, pelo seu empenho e esforços no sentido de uma organização mais receptiva e inclusiva, visando uma melhor saúde para todos.
"Estamos gratos à OMS, em particular ao Gabinete Regional, bem como a todos os parceiros internacionais de Angola pelo apoio crucial prestado com vista a dar uma resposta adequada e possível à pandemia de Covid-19 no nosso país", disse a ministra da Saúde.
Sílvia Lutucuta defendeu, ainda, respostas conjuntas e concertadas para se enfrentar a pandemia da Covid-19, que continua a ameaçar a humanidade.

Segundo a ministra da Saúde, a nova doença do coronavírus está a tornar-se o motor da política e dos recursos, desviando esforços das prioridades em curso para tomar medidas para evitar mortes e prevenir o colapso dos sistemas de saúde.

"A emergência de novas vacinas como produto da ciência e a capacidade humana de inovação e resiliência abre uma janela de oportunidade para uma solução, mas dado o acesso insuficiente e desigual a elas, as nossas ambições de regresso à normalidade são adiadas", salientou.

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