Sociedade

Angola ganha prémio regional sobre educação menstrual

Alberto Quiluta

Jornalista

Mais de 30 mil raparigas, com idades compreendidas entre 12 e 17 anos, de 150 escolas do ensino primário, foram esclarecidas sobre saúde menstrual, deu a conhecer, quarta-feira, em Luanda, a ministra da Educação.

14/03/2024  Última atualização 10H32
Ministra da Educação, Luísa Maria Alves Grilo © Fotografia por: Arquivo
Luísa Grilo falava no acto da recepção do Prémio de Campeão Regional na Gestão de Saúde Reprodutiva no Ensino Primário, entregue pelo representante em Angola do Fundo das Nações Unidades para a População (FNUAP), Madie Biaye.

A governante explicou que as sessões de esclarecimento foram feitas em 150 escolas seleccionadas nas províncias do Huambo, Luanda, Huíla, Cunene e Cuando-Cubango.

Segundo a ministra, o prémio regional visa proteger as jovens de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ITS), gravidez precoce e/ou indesejada, abortos inseguros, casamentos precoces, violência baseada no género e práticas culturais prejudiciais.

 "O prémio engloba toda a África do Leste e Austral, abrangendo 23 países dos quais 15 estão a implementar o programa em várias escolas, com financiamento da Embaixada do Reino dos Países Baixos”, referiu, acrescentando que "cada vez que conseguirmos formar uma rapariga estaremos a garantir a continuidade da espécie humana e dar uma grande contribuição para o desenvolvimento do país”.

O representante do FNUAP em Angola disse que a implementação do programa regional é positiva.

"É extremamente importante que as raparigas e adolescentes consigam fazer a gestão da sua saúde menstrual, para não comprometer as aulas”, sublinhou Madie Biaye, defendendo, por outro lado, o reforço de condições nas escolas públicas e privados.

Para a implementação do projecto em Angola, explicou, o FNUAP trabalha com vários departamentos ministeriais, entre os quais os ministérios da Educação, Juventude e Desportos, Saúde, Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Centro de Apoio aos Jovens e Conselho de Igrejas Cristãs em Angola.

O diplomata lembrou que o Fundo das Nações Unidas para a População pretende capacitar mais de 60.000 adolescentes e jovens, dos dez aos 14 anos, até 2026.

Na África Austral, entre os países que estão a implementar o projecto saúde menstrual constam Angola (um dos primeiros), Botswana, Essuatíni, Lesotho, Malawi, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe e Rwanda.

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