Ultrapassada a recente derrota frente à Gâmbia, em Banjul, que esgotou definitivamente todas as possibilidades de o conjunto nacional marcar presença nas terras de Samuel Eto'o, o embate desta tarde  é a oportunidade derradeira para a redenção apenas da honra.
O fraco pecúlio até ao momento colhido pelos Palancas Negras nas eliminatórias exige dos pupilos de Pedro Gonçalves uma postura diferente. Mais do que a exibição convincente, os Palancas Negras precisam de vencer o jogo, mais não seja para enriquecer o histórico de confrontos com o Gabão.

Durante a semana de preparação, a equipa técnica deixou transparecer a ideia de pretender exibir um futebol mais promissor que, decididamente, ajude a afastar para bem longe os "fantasmas da desilusão" que teimam em "assombrar" o balneário da equipa.
Ao contrário do modelo táctico utilizado no embate diante dos gambianos, o combinado nacional pode jogar mais virado para o ataque. Ou seja, a linha de três centrais formada por Jonathan Buatu, Kialunda Gaspar e Matuwila deve ser reduzida a duas, sendo que o meio-
campo e ataque apresentar-se-ão mais povoados.

Com esse posicionamento táctico, Pedro Gonçalves, certamente quererá chamar a si a iniciativa de ataque; maior posse de bola e seguramente, para com isso dispor das melhores ocasiões de golo.


Bastos e Fortuna
apontados ao "onze”
A integração, sexta-feira, de mais quatro profissionais ajudou a alargar o leque de opções disponíveis na selecção às ordens de Pedro Gonçalves. Bastos Quissanga e Núrio Fortuna, ausentes do jogo passado, podem entrar na equipa titular, devendo relegar para o banco de suplentes Kialunda Gaspar e Estrela, respectivamente.

Hugo Marques pode manter-se na baliza, embora não esteja descartada a probabilidade de ser substituído, sobretudo depois do erro clamoroso cometido em Banjul, que resultou no único golo da partida.
O guarda-redes não ficou ilibado de responsabilidades no golo sofrido, pois fez uma defesa incompleta, quando parecia ter a bola sob controlo.

Podem formar o quarteto defensivo Paizo e Diógenes nas laterais e Buatu e Bastos no centro. Freddy e Ary Papel devem voltar a encarnar a missão de principais municiadores do caudal ofensivo angolano, en-
quanto Herenilson e Show devem assumir as funções de recuperadores do jogo defensivo. As responsabilidades do ataque devem ser entregues à dupla Núrio Fortuna e Mbala Nzola.


  Seleccionador fala em fechar com dignidade
"O grupo vai procurar fechar com dignidade”, disse Pedro Gonçalves, sábado, na antevisão ao jogo de hoje.
O seleccionador admite que fará alterações na equipa, sempre com o objectivo de redimir-se das últimas derrotas nas eliminatórias.

"Estamos moralizados na busca da vitória. Esta campanha serviu de aprendizado durante o qual conseguimos  ultrapassar alguns obstáculos, em meio à pandemia da Covid-19, com realce para a forma de trabalhar e o facto de ter trazido novos jogadores para construir uma equipa para dar resposta às eliminatórias do próximo mundial no Qatar”, disse.