Em entrevista ao Jornal de Angola, Bento Rafael adiantou que a associação que dirige está totalmente de acordo com o Diploma. "Sempre se tratou de um processo conflituoso em relação à sua atribuição, bem como aos recarregamentos que não eram constantes”, disse.

O representante da AMOTRANG revelou que a maior parte dos mototaxistas não beneficiava do cartão de subvenção ao combustível. "Há muito tempo que esperávamos que o Executivo tomasse medidas no sentido de abolir a subvenção”, declarou.

Bento Rafael sublinhou que para contrapor a situação do elevado preço do combustível, a classe pretende aumentar o preço das corridas.

Por sua vez, o presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) disse ser uma medida que vai criar muitos transtornos aos associados e à sociedade.

Francisco Paciente avançou que o país regista um défice de transportes na ordem de 35 por cento e, com a retirada dos cartões, muitos taxistas poderão falir.

"Já estamos com défice de viaturas para o serviço de táxi, esta medida só vem agravar a situação”, disse, acrescentando que quanto menos carros houver mais dificuldades as pessoas terão para se locomover.

A ANATA, referiu, vai trabalhar com os órgãos afins para se definir e ajustar os preços de acordo com a realidade.

De acordo com o Decreto Presidencial n.º 68/24, de 7 de Março, publicado no Diário da República, o Presidente da República, João Lourenço, aprovou a retirada do subsídio à gasolina, aprovado anteriormente pelo Decreto Presidencial n.º 131/23, de 1 de Junho.