Política

Benedito Daniel quer primar pela unidade

Joaquim Cabanje

Jornalista

O presidente cessante do Partido de Renovação Social (PRS), Benedito Daniel, afirmou, terça-feira, em Luanda, que o próximo mandato de cinco anos vai cingir-se ao fortalecimento da unidade e coesão dos membros desta formação política, através de mensagens e atitudes de proximidade aos militantes.

21/02/2024  Última atualização 08H45
Presidente cessante apresenta estratégia para novo mandato © Fotografia por: Dombele Bernardo | Edições Novembro

Benedito Daniel, que teceu tais considerações na cerimónia de apresentação das linhas de força da sua candidatura, no Hotel Horizonte, no município de Viana, acrescentou que vai continuar a garantir um desenvolvimento harmonioso, reconciliando os militantes desavindos, com o partido, para a revitalização das estruturas.

Segundo o presidente cessante do PRS, a sua candidatura dará, igualmente, maior atenção à sociedade nacional e internacional, porque se propõe a manter a identidade do partido, ser fiel aos ideais da formação política, e às convicções do partido.

"Vamos trabalhar na divulgação dos princípios ideais e na ideologia do partido, através de uma linguagem acessível a todas as franjas da sociedade angolana”, referiu no seu manifesto eleitoral.

De acordo com Benedito Daniel, o lema desta campanha consiste no trabalho, unidade e progresso, cujas acções continuarão baseadas nos princípios de coesão, credibilidade, visibilidade do partido, dinamismo, honestidade e trabalho.

Questionado sobre o mandato de seis anos, iniciado em 2017, Benedito Daniel afirmou: "Quando fomos eleitos para a presidência do partido, constituímos uma representação parlamentar porque já não havíamos encontrado um partido em boa saúde”.

Segundo ele, quando foi eleito, o partido tinha apenas três deputados. E de acordo com o regimento parlamentar, com este número de deputados poderia se constituir um grupo parlamentar.

Na sequência das eleições de 2017, o partido conseguiu apenas dois deputados, porque perdeu um parlamentar.

No seu entender, a perda de um deputado não significa fazer um mau trabalho, já que deixaram de ser o quarto partido político, para se tornar na terceira força política do país. Sobre o ex-deputado Sapalo António, que viu chumbada a sua candidatura à presidência do partido, para o Congresso agendado para os dias 2,3 e 4 de Abril próximo, Benedito Daniel é da seguinte opinião: "O chumbo não tem nada a ver comigo. É uma emanação da comissão preparatória do Congresso”.

O engenheiro químico ao serviço da política é de opinião que o co-fundador do partido Sapalo António não foi expulso da agremiação. Ele tinha um desejo e não preencheu os requisitos para merecer a aprovação.

O próximo presidente do PRS para um mandato de cinco anos, diz que servir o partido não deve ser apenas pelo cargo de presidente, mas pode ser pela base ou pelas estruturas intermédias.

"Todos nós reconhecemos que Sapalo António é um militante influente. Ele pertencia a todos os órgãos de direcção do partido. Era membro do Conselho Político e do Comité Nacional, só não pertenceu à estrutura do secretariado, porque ele nunca reconheceu o Congresso que nós fizemos e nunca aceitou pertencer ao secretariado”, enfatizou.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Política