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Com 16 salas de aula, a instituição dispõe de meios técnicos e tecnológicos de última geração, que lhe permite oferecer cursos de maior qualidade nas especialidades de Rádio, Televisão, Imprensa, Marketing e Publicidade
O Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR) do Huambo, inaugurado no dia 12, pelo Presidente da República, João Lourenço, apresenta-se como uma proposta de excelência para a formação de jornalistas a nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), dadas as suas potencialidades. Localizado no bairro Macolocolo, considerada a segunda zona académica da cidade do Huambo, o novo Cefojor, com 16 salas de aula com capacidade para 30 alunos, cada, dispõe de meios técnicos e tecnológicos de última geração, que lhe permite oferecer cursos de maior qualidade nas especialidades de Rádio, Televisão, Imprensa, Marketing, Publicidade, Multimédia e Cinema.
O director da instituição, Ikuma Bamba, esclareceu, durante a cerimónia de inauguração da instituição, de carácter nacional, que, com essas instalações, os jovens do Huambo, das províncias vizinhas, assim como os da região da SADC terão à disposição um centro de formação com as condições existentes em outros espalhados por várias partes do mundo. "Estou certo que com estas infra-estruturas e com as condições nela criadas, Angola estará em condições de continuar a destacar-se como um promotor do processo de capacitação da juventude no país e na região”, destacou Ikuma Bamba.
Aulas
práticas
Consciente da importância da parte prática para os estudantes, o Governo assegurou, na instituição, estúdios de rádio, televisão, fotografia e imprensa bem equipados, que vão permitir aos formandos aliar a teoria à prática. Para os formandos provenientes de outras partes da província do Huambo, bem como os cidadãos da SADC e da CPLP, o centro conta com um internato com 88 quartos e seis casas de trânsito para as visitas.
Erguido numa área de 70 mil metros quadrados, o Cefojor Huambo possui, igualmente, um auditório com capacidade para 300 pessoas, biblioteca, quadra desportiva, uma sala de gravação musical, além de outros serviços.
Início
dos cursos
Neste momento, a direcção do Centro de Formação de Jornalistas está a concluir os procedimentos administrativos para dar início, a partir de Fevereiro, dos primeiros cursos, cujos preços vão custar, numa primeira fase, menos 10 por cento em relação aos praticados no Cefojor de Luanda, tal como assegurou Ikuma Bamba.
A instituição vai contar com um corpo docente formado por professores nacionais e estrangeiros, estes, sempre que for necessário.
O Centro de Formação de Jornalistas, cuja carteira de formação saiu de 15 para mais de 50 cursos, foi criado há 21 anos e é a principal referência no que toca à formação técnica de profissionais e de distintos especialistas nas áreas de Comunicação, tendo formado já várias gerações de jornalistas espalhados em diversas redacções do país.
Com sede em Luanda, a instituição iniciou a sua actividade em Setembro de 2002, sob tutela do então Ministério da Comunicação Social.
Com os avanços no campo da Comunicação, tendo em conta as novas formas de pensar, agir e partilhar informação, o Governo decidiu, então, continuar a investir na instituição, com o objectivo de a manter como uma das principais opções na formação e desenvolvimento de cidadãos dotados de um perfil que esteja alinhado com as exigências da sociedade moderna.
É assim que, para tal, optou por construir, de raiz, o Cefojor Huambo, numa cidade académica.
Principais
transformações
Entre as principais transformações definidas no projecto, destacam-se o edifício que acolhe os laboratórios de Rádio, Imprensa, Fotografia e Televisão, o estúdio de música, o internato com 88 quartos, as seis casas de passagem, o edifício que comporta as 16 salas de aula e todos os gabinetes para a direcção e os serviços de apoio, um restaurante e uma esplanada com capacidade para mais de 300 pessoas, cerca de 200 pontos de estacionamento, área de apoio técnico em que estão instalados dois grupos geradores para fonte alternativa de energia, um sistema hidráulico com capacidade de abastecer, diariamente, todos os imóveis com água e ainda um auditório moderno com capacidade de 300 pessoas.
Com as novas instalações, modernas e totalmente apetrechadas, o Cefojor ganha, agora, fôlego para continuar com a missão de assegurar a qualificação e o aperfeiçoamento de profissionais e colaboradores do sector da Comunicação Social nas áreas de Jornalismo, Relações Públicas, Multimédia, Marketing e Publicidade e Cinema.
Principal
referência
O curso profissional de Jornalismo continua a ser a principal referência da instituição, sem deixar para trás a especialidade de Relações Públicas, que vai continuar a ser, igualmente, uma das áreas de maior aposta do Cefojor, fruto da sua importância para as sociedades modernas.
A ideia, segundo a direcção da instituição, passa por ajudar as instituições a investirem mais na busca de uma boa reputação, sucesso e prosperidade.
Com as outras especialidades, como Marketing e Publicidade, Multimédia e as competências específicas de comunicação, a instituição quer continuar a capacitar em matérias de comunicação outros especialistas, como médicos, engenheiros, arquitectos, juristas, polícias, economistas, recepcionistas, técnicos de cerimonial e protocolo e outros.
Nesta equação, o cinema não fica para trás. Com esta formação, a direcção quer dinamizar este sector da sétima arte no país, com realce na província do Huambo, cujos dados históricos apontam para uma província que já estava, em tempos idos, muito bem encaminhada nesta área.
Com as novas instalações, o Cefojor fica, assim, mais bem servido e preparado para continuar a oferecer um conjunto de cursos e soluções em Atendimento ao Público, Técnicas de Elaboração de Relatórios e Pareceres, Secretariado Executivo, Oratória, línguas nacionais e estrangeiras, Gestão de Recursos Humanos e Legislação Laboral, Comunicação e Recursos Humanos, curso de Arquivologia, Bibliotecário, Normas Protocolares, Produção de eventos, outras formações possíveis de serem encontradas na instituição.
O arranque das obras do Cefojor Huambo gerou um impacto social profundo na região, dadas as centenas de postos de trabalho que proporcionou aos jovens locais. Toda a etapa inicial das obras contou com o empenho e engajamento de quadros angolanos, na sua maioria formados no país, em particular na província do Huambo.
Digital.ao
encubado no
Cefojor
Com o objectivo de estimular o lado criativo dos jovens, sobretudo ligado ao empreededorismo, o Governo decidiu colocar dentro do Cefojor Huambo uma incubadora "Digital.ao”. Este serviço público, associado ao Instituto Nacional de Fomento da Sociedade da Informação (INFOSI), permite aos usuários efectuar pesquisas com várias valências, com destaque para incubação de startups, ou seja, projectos tecnológicos inovadores desenvolvidos no período de dois anos até se transformarem em empresas digitais. O Huambo é a segunda província, depois de Luanda, a ser contemplada com esta instituição.
Homenagem a figuras do jornalismo angolano
Mais do que um centro de formação de jornalistas, o Cefojor do Huambo é, também, um lugar para relembrar algumas figuras que se destacaram no jornalismo angolano, da docência ao exercício, propriamente dito, da profissão. É o caso da Professora Gabriela Antunes, cujo nome foi atribuído ao auditório principal da instituição, com 300 lugares. Natural do Huambo, Gabriela Antunes destacou-se, no campo da Docência, pelo notável papel desempenhado no Jornalismo angolano, sobretudo na formação e desenvolvimento de vários jornalistas hoje referências nos seus órgãos de comunicação.
Estúdio
de Televisão
Celestino
Kaeso é outra figura homenageada no centro. O seu nome foi atribuído ao estúdio
televisivo. Quadro afecto à Televisão Pública de Angola (TPA), Celestino Kaeso
ingressou naquele órgão de Comunicação Social como operador de câmara, em 1981,
após ter passado pela Direcção Provincial da Agricultura. No rol das funções
desempenhadas, destacam-se a de director provincial da TPA no Huambo e chefe de
Secção de Reportagem. No auge da profissão, fez a cobertura das primeiras
eleições multipartidárias do país, em 1992, e vários conflitos armados, com
realce para a guerra do Huambo. Depois de 42 anos ao serviço da TPA, foi
licenciado à reforma no ano passado.
Estúdio de Imprensa
Outro homenageado é Joaquim Neves António, quadro da Angop. Nome do estúdio de Imprensa do Cefojor Huambo, este profissional ingressou na Angop em 1982, na província de Benguela, tendo concluído o curso médio de Jornalismo em Havana, Cuba. Em 1994 é nomeado delegado provincial da Angop no Huambo, província onde exerceu, também, a função de director provincial da Comunicação Social entre Setembro de 2007 e Junho de 2010. Durante a sua carreira, destacou-se na cobertura da libertação da cidade do Huambo, na década de 1990.
Estúdio de Rádio
Para o estúdio de Rádio, o nome escolhido foi o de Carlos Pereira, primeiro director da emissora provincial do Huambo, no período 1975-1986. Carlos Pereira teve a responsabilidade de criar, estabelecer e fortalecer o primeiro embrião e a selectividade dos quadros que deram corpo às emissões oficiais da Rádio Nacional de Angola na época. A maioria da geração por ele formada e orientada, com brio, está em fim de carreira.
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