Por ser dia normal de trabalho, o movimento é intenso, com o trânsito consideravelmente fluído, nas principais ruas, ao qual se nota um número expressivo de viaturas e pessoas na via pública.

As zonas do Mercado do Sequele e dos bancos registam maior concentração de pessoas, entre clientes e os habituais vendedores de serviços de telecomunicações, prestadores de serviço diversos e clientes. Os balcões das agências bancárias estão vazios. Mas os ATM com longas filas. Um ou outro não tem dinheiro nem papel, enquanto a minoria está sem sistema.

O grande movimento nota-se nas paragens do interior da cidade, cujo movimento é frenético, sobretudo naquelas que estão há escassos metros do Mercado do Sequele. 

As paragens de táxi e autocarros públicos registam as habituais filas, com elevado número de cidadãos a aguardar pela chegada dos vulgos "candongueiros” ou "Uauas”, com intenção de saírem e entrarem para àquela urbanização.

À entrada do distrito urbano do Sequele, pela via Expressa, um dos principais pontos de acesso aos 16 bairros nele integrados, entre os quais a Cidade do Sequele, as filas são enormes. Grande parte são pessoas são funcionários, em grande número as domésticas.

As sete paragens fixadas junto ao Mercado do Sequele apresentam imagens díspares. As duas de moto-táxi estão servidas de "motoqueiros” estão aos montes, sendo por isso fácil apanhar uma motorizada para chegar aos vários destinos que se pretende.

Situação diferente nota-se para quem pretende sair da cidade. Os cinco locais para carregamento de passageiros em táxis descaracterizados e nos vulgos "miniautocarros (de 30 lugares)” estão apinhados de gente. 

Desde as primeiras horas da manhã, os passeios, organizados em longas filas, aguardam, por várias horas, para ver chegar um transporte para conseguir à urbanização Mayé Mayé, Via Expressa, Vila Sede de Cacuaco, Vila de Viana, Desvio do Zango, ou aos bairros Tande, Povoado ou Bata Chapa.

Uma operação policial foi montada por agentes reguladores de trânsito na via principal, junto ao supermercado Kero.

Nota-se também, à entrada da cidade, a presença de efectivos da ordem pública, e de agentes afectos à Brigada Especial de Trânsito (BET). 

Com o mesmo sinal de agitação, no dia em que se comemorou o Natal, na segunda-feira, a Cidade do Sequele, mostrou-se movimentada.

Trânsito calmo

O trânsito esteve consideravelmente calmo, com poucas viaturas na via, mas paragens de táxis cheias. Nas ruas, muitas pessoas ainda procuravam pelo presente de natal. Maiores partes das cantinas estiveram abertas e abarrotadas. Os restaurantes e bares fechados.

Em quase todo o lado, escutou-se música alta proveniente das moradias. Estas, estavam em grande número repletas de pessoas que se reuniram para comemorar o Natal em família.

Durante todo o dia, uma viatura da Polícia Nacional circulou pelos 13 blocos no sentido de fiscalizar, conter os excessos e manter a ordem e a tranquilidade públicas.

Construída com fundos públicos, no âmbito do programa do Executivo de um milhão de casas, a Cidade do Sequele tem mais de 60 mil habitantes, tendo os primeiros ocupado as suas residências desde 2013.

Localizada no município de Cacuaco, a Cidade do Sequele, sede do distrito homónimo, ocupa, parte de uma zona que era usada para as manobras militares da 101ª Brigada de Tanques. E antes da sua construção, o espaço era desabitado, e zona de cultivo, onde imperava a agricultura de subsistência.