Em conversa com o Jornal de Angola, o presidente do Conselho de Disciplina da FAJ, Hamilton Marcos, asseverou que a medida tomada pela instituição "se deve ao desrespeito dos princípios de judo”.

"O presidente do Clube Desportivo Judo Elite subiu ao dojo e ofendeu o árbitro que ajuizava o combate que opunha um atleta seu e um adversário. Por imperativo do comportamento indecoroso, fomos obrigados a desqualificar a equipa da prova”, sustentou.

O presidente do Conselho de Disciplina aferiu que "a direcção da Federação aconselhou o dirigente Euclides Ricardo a retirar-se do tatami, mas continuou no erro perante a presença da governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, e o seu elenco”.

Face à intransigência na conduta do dirigente, só restou à Federação accionar os regulamentos da competição.

"O comportamento desestabilizou a boa organização da prova e sujou o bom nome do judo nacional”, sustentou.

Hamilton Marcos reiterou que a acção do agente desportivo agrava a penalização anterior.

"Euclides Ricardo encontra-se suspenso de todas as provas oficiais, por estar a cumprir uma pena disciplinar aplicada em 2022, por entrar no recinto de combate, violando as regras do CDFAJ. A suspensão já foi ultrapassada, mas não pagou por completo a multa, pelo que, continuou suspenso. Agora, torna-se reincidente”, explicou.

Com as novas incidências, o Conselho Disciplinar da Federação Angolana de Judo vai reunir nos próximos dias com Euclides Ricardo, para se esclarecer a penalização aplicada ao Clube Desportivo Judo Elite e observar os argumentos de razão dos advogados, segundo Hamilton Marcos.

Com a desqualificação do Clube Desportivo Judo Elite, a medalha de prata foi atribuída ao Génesis Desportivo.