Opinião

Desafios perigosos

Luciano Rocha

Jornalista

Os restaurantes e similares de Luanda, mesmo aqueles que antes da pandemia eram, pelo menos aparentemente, asseados, transformaram-se em ni-chos de transmissores de doenças.

09/04/2021  Última atualização 06H10
O estado deplorável da recolha de lixos domésticos, que agrava, ainda mais, a nojeira pública em que se transformou a província, onde se situa a capital do país - nunca é demais realçar isso, pois, pelos vistos, há quem não saiba ou tenha esquecido o que tal significa - tem culpados vários, de sectores diversos.

 Verdade irrefutável, mas, também, não é mentira que, no caso dos estabelecimentos de comes e bebes, parte da responsabilidade tem de ser atribuída aos proprietários. Há formas de combater a presença, naqueles espaços, de baratas, mosquitos, ratos e pulgas, entre outros transmissores de males do corpo, alguns deles mortais. A limpeza do espaço público, que é de todos, embora possa não parecer, tem de ser de todos, sem excepções. No caso dos locais que servem refeições não basta cumprir o decretado quanto a distâncias, máscaras, desinfecção de mãos. É primordial manter alimentos, louças e talheres resguardados de poeiras, mas, outrossim, de bicharocos, fáceis de detectar, transportadores de doenças. Já nos basta o coronavírus, que permanece invisível, sem cor, nem cheiro, Ainda por cima, agora desdobrado em estirpes várias.

Os proprietários de restaurantes e espaços idênticos não podem alhear-se deste combate contra a propagação de doenças. No caso dos insectos, há, en-tre outros meios, aqueles aparelhos eléctricos que os atraem e eliminam. É apenas um exemplo. A indiferença em certas ocasiões é desafio perigoso.

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