Os Estados Unidos da América lançaram, no quadro do reforço do pacote de ajuda financeira a Taiwan, Israel e Ucrânia, aprovado há dois dias pelo Senado, uma campanha para aumentar a pressão sobre Pequim em vários pontos, incluindo no apoio à Rússia, sem perder de vista a estabilidade nas relações bilaterais.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera necessária uma investigação às valas comuns encontradas, nos últimos dias, sob os escombros de dois hospitais, na Faixa de Gaza, Al-Shifa e Nasser, frisou, ontem, Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral, António Guterres.
Pelo menos 69 pessoas morreram e 28.873 foram afectadas por desastres naturais desde Outubro em Moçambique, segundo o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).
O instituto dá conta, no seu relatório, que as 69 mortes registadas, maioritariamente na Zambézia (22), centro de Moçambique, foram causadas por descargas atmosféricas, desabamento de paredes, afogamento e ataques por animais, noticia a Lusa.
Desde 1 de Outubro até 29 de Janeiro de 2024, 62 pessoas ficaram feridas, 3.702 casas ficaram parcial e totalmente destruídas e outras 2.358 inundadas na atual época chuvosa em Moçambique. O mau tempo destruiu também 177 salas de aula e afectou 60 escolas, 13.283 alunos e 157 professores.
O INGD aponta ainda 2.435 campos agrícolas, 14 unidades de saúde, 14 casas de culto, 25 postes de energia e 170 estradas afetadas pelas intempéries. Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país. Já no primeiro trimestre do ano passado, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afectaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, segundo dados oficiais do Governo.
No início da semana, a directora executiva do Programa Alimentar Mundial (PAM), Cindy McCain, destacou a "cooperação frutífera" com Moçambique nas últimas quatro décadas, manifestando a intenção de continuar a apoiar o país face aos ciclos desafios impostos pelos desastres naturais.
"Nós celebramos a nossa longa cooperação de 44 anos com a República de Moçambique e estamos orgulhos pelo apoio que temos estado a prestar ao país. Não só em termos de assistência humanitária, mas também na criação de resiliência nas populações", declarou Cindy McCain.
A responsável falava à comunicação social em Roma, momentos após uma reunião com o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, que realiza uma visita para participar na Cimeira Itália-África. Cindy McCain manifestou a intenção de continuar a apoiar o país, afectado ciclicamente por desastres naturais devido à sua localização geográfica, sujeita à passagem de tempestades e, ao mesmo tempo, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral
Na actual época chuvosa, os serviços meteorológicos moçambicanos já avisaram que o país deve preparar-se para seca nas regiões centro e sul, a par de chuvas acima do normal no Norte com a formação do fenómeno natural El Niño.
"Nós temos estado a trabalhar intensamente, sobretudo na previsão para que possamos saber onde este fenómeno El Niño vai ter maior impacto para colocarmos todos meios à disposição das populações. Neste aspecto, o Governo de Moçambique tem sido cooperativo", acrescentou Cindy McCain.
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