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Discutidos métodos de combate ao HIV-Sida

O coordenador provincial do Huambo da campanha “Nascer livre para brilhar” manifestou ontem, nesta cidade, a necessidade de realização de mais encontros de sensibilização sobre a importância do uso do preservativo, conduta que permite evitar, nas relações sexuais ocasionais, doenças transmissíveis, bem como a formação e aumento de activistas sociais.

01/07/2019  Última atualização 10H02
Edições Novembro © Fotografia por: Número de seropositvos no Huambo é preocupante

Tavares Cândido, esposo da governadora do Huambo, que falava na abertura de um workshop ligado à campanha, liderada pela Primeira-Dama da República, que visa eliminar, em 14% até 2021, as taxas de transmissão do HIV de mãe para filho, disse ser necessário desenvolver-se acções sócio -educativas, como palestras, teatros, filmes de curta metragens, que abordem mais a importância do planeamento familiar em pessoas infectadas pela doença.
Em defesa de casos ligados ao preconceito, estigmatização e violação de direitos de pessoas, o coordenador propôs a possibilidade de criação, em cada município, de uma linha telefónica para atender às denúncias e esclarecer diferentes dúvidas.
Jovita André, directora do Gabinete Provincial da Saúde, adiantou que cerca de 29.699 testes realizados em 2018, 455 deram positivo, dos quais apenas 168 mulheres estão em tratamento. “Somos todos chamados à intervir para que cada um possa fazer à sua parte, para que haja sustentabilidade nesta campanha com o apoio de todas forças da sociedade”, disse.
A governadora Joana Lina Cândido, que participou da actividade, salientou que é preciso proteger e garantir a sobrevivência de crianças, cujas mães são portadoras de HIV, reduzindo a pandemia, enquanto ameaça à Saúde Pública, e manter as mães saudáveis, para se alcançar, até 2021, os objectivos mundiais prognosticados.
“Já lá foram os tempos em que uma mãe seropositiva era vista como condenada a nascer uma criança portadora da doença, terminando, por vezes, em morte”, destacou a esposa do coordenador provincial da campanha “Nascer Livre para Brilhar” no Huambo.
“O nosso desafio”, disse a governadora, “é grande, baixar a prevalência de transmissão da doença da mãe para o filho”, pelo que apelou a contribuição de todos neste “trabalho árduo”, tendo considerado fundamental a “redução dos actuais abandonos ao tratamento com os anti-retrovirais” e que “não falte o necessário para o atendimento, em tempo oportuno, aos utentes”.