Muitas obras públicas e privadas são edificadas no país sem a presença de fiscal, por não existir entre nós a cultura de consultar essa figura, especialista em construção civil, que muitas vezes só é tida quando o projecto não corre com perfeição, disse, em Luanda, o engenheiro civil Bernardo Neto.
Contactado pelo Jornal de Angola, a propósito da grande procura por terrenos em áreas urbanas adjacentes às centralidades do Sequele e do Kilamba, o engenheiro civil disse que quando se pretende fazer um projecto habitacional, deve-se consultar um fiscal de obra para que este possa intervir em benefício do proprietário. “As pessoas nos procuram em último caso, quando percebem que todo o dinheiro investido na construção de uma casa ou empreendimento foi mal aplicado, por falta de conhecimento ou pior por não consultar um especialista. Desde os materiais, disposição das ruas, a compactação de solos, tudo isso tem importância”, frisou.
Para Bernardo Neto, as rectificações são os casos que mais chegam aos fiscais, muitas vezes entendidos como o último recurso, já quando surgem problemas que colocam em causa o saneamento básico das zonas.
“Vezes há em que o dono da obra avalia e chega à conclusão de que o pedreiro pode fazer o trabalho, sem a presença do fiscal, esquecendo-se que este pode proceder empiricamente”, adverte.
Quanto à concepção de projectos, muitos dos quais feitos a partir do estrangeiro, o especialista em fiscalização de obras diz que é preciso que os interessados tenham em atenção as condições, sugerindo que se olhe para o fiscal de obra como se olha para um médico.
“Quem chega a um fiscal deve ter já o projecto, que será sujeito a correcções. Porque hoje muitos se dizem arquitectos, embora o façam através do domínio de programas para o efeito, sem conhecer as regras elementares desta área, e muitos recorrem a esses serviços. Só depois de perceber como as coisas dão para o torto, é que procuram consultar um fiscal de obras para reparar os danos”, lamenta.
Dois efectivos da Polícia Nacional foram, quinta-feira, homenageados, pelo Comando Municipal de Pango Aluquém, por terem sido exemplares ao rejeitarem o suborno no exercício das actividades, na província do Bengo.
Vasco Lourenço, um dos capitães de Abril que derrubaram a ditadura salazarista há 50 anos em Portugal, foi hoje recebido em Lisboa pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na qualidade de Presidente da Associação 25 de Abril.
A responsável pela Secção de Crimes contra o género da Polícia Nacional, Intendente Sarita de Almeida, realizou, quinta-feira, em Juba Central Equatorial State, no Sudão do Sul, um Workshop sobre Direitos Humanos e Protecção Infantil.