Desporto

Eficácia da Nigéria adia sonho de Angola

Betumeleano Ferrão em Abidjan

Jornalista

O resultado foi magro, mas cumpriu na plenitude com a ambição da Nigéria de vencer a eliminatória e avançar para as meias-finais. A derrota por 1-0 foi escassa, o que aumenta ainda mais a "frustração" de Angola.

03/02/2024  Última atualização 08H54
Águias venceram ontem e voaram para a fase seguinte © Fotografia por: DR
A diferença entre os contendores ficou resumida a um mísero golo de diferença. Ganhou a melhor selecção, não apenas pelo tento marcado, mas também por não deixar escapar nenhum detalhe importante em todo o jogo, fez pela vida e mereceu o apuramento.

A Nigéria marcou no erro de Angola, até nisso foi bastante eficaz para prevalecer a lógica do futebol. Às Super Águias avançam na competição porque cumpriram sem hesitar a obrigação de ganhar a eliminatória, com serviço mínimo e impediu as Palancas Negras que tivessem uma noite inesquecível!

A bem da verdade, o desafio terminou dentro do tempo regulamentar porque os nigerianos puxaram dos galões como favoritos, quando beneficiou da melhor ocasião de golo que criou em todo o jogo.

O buliçoso Simon encarnou o espírito da águia na maneira como ganhou o duelo com Kialonda Gaspar. Sem perder a aguçada visão soube esperar o momento certo até que Lookman estivesse em boa posição para fazer balançar a rede aos 41 minutos.

Além de marcar quando teve oportunidade, a Nigéria também soube defender a vantagem. Fechou-se bem no meio-campo, encolheu-se todas as vezes que foram necessárias para gerir o precioso avanço no marcador. Sofreu quando foi necessário, até jogou como equipa pequena para queimar tempo e matar a esperança angolana, sempre que tentou renascer.

A bola de Zini que o poste devolveu aos 58’ tinha tudo para relançar o jogo, mas o avançado angolano não foi bem-sucedido. A intenção foi boa, porém executou mal ao tentar tirar a bola do alcance do guarda-redes.

A partir deste lance, a Nigéria percebeu que era melhor proteger bem o que tinha e não deixou de atacar. Preferia arriscar apenas quando tinha a certeza que poderia criar perigo. O mais importante era conservar a posse de bola e impedir que Angola tivesse chances de atacar.

Até certo ponto, foi com a paciente atitude de espera que o ataque das Super Águias conseguiu abanar várias vezes a defesa dos Palancas Negras, mas não voltou a marcar, em parte porque os seus avançados tiveram tanta sede de ir ao pote que em algumas ocasiões não se comunicaram e acabaram por atrapalhar-se no momento da finalização.

 RDC elimina Guiné e aguarda pelo adversário

Uma segunda parte de luxo, coroada com dois golos, permitiu à RDC apurar-se às meias-finais com o triunfo de 3-1 sobre a Guiné e aguardar pelo adversário. Os Leopardos foram rápidos a correr atrás do prejuízo porque Bayo marcou de grande penalidade aos 20’, mas sete minutos depois Mbemba contou com certa cumplicidade de Koné para restabelecer o empate. O segundo tempo acabou por pertencer aos congoleses democráticos que tiveram mais caudal ofensivo, motivo por que beneficiaram de uma inesperada grande penalidade que Wissa aproveitou para fazer o 2-1 aos 65’. A reviravolta no marcador, acabou por dar a motivação necessária para a RDC 'matar' a eliminatória, graças a um frango de Koné, cujas mãos de manteiga não seguraram o livre inofensivo de Masuaku aos 82’.

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