Cultura

Emanuel Caboco destaca impacto dos museus como fonte de saber

Maria Hengo

Jornalista

O director-geral adjunto do Instituto Nacional do Património Cultural (INPC), do Ministério da Cultura e Turismo, defendeu, ontem, em Luanda, a importância dos museus como fontes de conhecimento e de preservação da memória colectiva dos angolanos.

09/02/2024  Última atualização 10H50
O encontro serviu para a troca de experiências entre os directores dos museus e o público © Fotografia por: VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Emanuel Caboco, que falava durante o encontro nacional sobre os Museus e Rota Museológica Angolana, realizado no Palácio de Ferro, uma iniciativa da Comissão Nacional da Unesco em Angola, sugeriu às direcções dos museus a criarem pacotes culturais atractivos, de modo a atrair estudantes, pesquisadores e turistas.

Esse factor, garantiu, pode contribuir para fomentar o turismo cultural e, consequentemente, permitir a arrecadação de mais receitas para os cofres do Estado.

Emanuel Caboco  referiu que o processo de renovação, modernização e enriquecimento do acervo museológico em todo o país, um investimento feito através do Ministério da Cultura e Turismo, tem contribuído significativamente para o aumento de visitantes nacionais e estrangeiros.

Sobre o actual estado dos museus nacionais, o responsável destacou os avanços que se têm registado ao longo dos anos, uma aposta do Executivo, através do Plano de Desenvolvimento Nacional, que tem permitido mudar a imagem dos museus em todo o território nacional.

Os museus, destacou, devem ser encarados como uma oficina de instrução, por apresentarem um grande acervo cultural e serem espaços de conhecimentos por excelência. Para torná-los dinâmicos, Emanuel Caboco apelou, ainda, à importância da inclusão e da adaptação ao mundo digital. "Actualmente não vemos websites de museus e nem pessoas a interagirem e publicarem fotos dos momentos de visita aos museus”, observou.

Durante a actividade, o prelector do quarto painel abordou outros subtemas como "Quais os passos a seguir para melhorar os cenários museológicos angolano” e "Como os outros aproveitaram a existência dos museus para o turismo”.

Por sua vez, o historiador Bruno Júlio Kambundu abordou  "A realidade museológica em Angola, dificuldades e oportunidades”, tendo destacado no subtema os "museus nacionais regionais, locais e conceito”, "identidade e o valor dos museus”, "reflexão sobre o estado dos museus em Angola” e "conceito e identidade dos museus em Angola”, como elementos indispensáveis na criação de  novos modelos de gestão museológica.

"A ideia de que os museus são espaços para arquivar documentos, processos históricos, diálogo de pessoas é pejorativa, porque a sua dimensão é maior. O museu serve para discutir e questionar vários elementos e contribuir para uma melhor percepção do processo evolutivo da humanidade”, disse.

Bruno Júlio reforçou também que um museu pode ser um espaço curto para contar a história de todo um povo, uma civilização, contar a história de um grupo de pessoas e das suas actividades ao longo de séculos.

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