Em Angola, como em muitos países do mundo, o 1º de Maio é feriado nacional e costuma ser celebrado com marchas e comícios, em que se fazem discursos reivindicativos de direitos dos trabalhadores. Não é uma data qualquer.
Hoje, a nossa Nação e, particularmente, a comunidade jurídica assinala um ano da entrada em funções dos juízes de garantias, magistrado com dignidade constitucional que, entre nós, passou desde 2 de Maio de 2023 a ter a responsabilidade de salvaguardar os direitos individuais de qualquer pessoa alvo de investigação por um suposto acto criminal derivado da sua conduta.
O mundo cristão celebra, hoje, o sábado de aleluia, dia que antecede o domingo de Páscoa, considerado o momento do triunfo da vida sobre a morte, nutrido por um elevado simbolismo na história da religião, com a transversalidade que ela incorpora em relação a vários aspectos da vida, no geral.
A celebração de hoje é um momento de grande significado religioso para os cristãos. Nestas vésperas, eleva-se o sentimento de esperança e de alegria, marcado pelo retorno da expressão do termo "aleluia", evitada durante a Quaresma, considerada o tempo de preparação resumido em 4 domingos que antecedem a Páscoa, que para os crentes é das mais significativas festas da religião.
Aproveitamos, portanto, as referências ao sentimento de esperança e alegria que marcam a festa do sábado de aleluia, para alargar a contextualização e entendimento desta abordagem à abrangência necessária, para lá da margem da interpretação cristã, e nos remetermos embalados na transversalidade da esperança cristã.
Neste prisma, a evocação do sentimento de esperança e alegria funciona como um imperativo para todos os angolanos, no sentido de reconfigurarem a perspectiva de vida, em todas as vertentes, encarnando um espírito de maior patriotismo, diálogo franco, aberto e inclusivo, que promovem a construção de uma Nação cada vez mais próspera.
Apesar do princípio da laicidade que corporiza a relação do Estado Angolano com as igrejas, conforme o Artigo 10.º da Constituição da República de Angola, marcado pela separação entre o Estado e as igrejas, nos termos da lei, bem como o reconhecimento e respeito das diferentes confissões religiosas, as quais são livres na sua organização e no exercício das suas actividades, a colação da data a princípios gerais é de todo pertinente.
Aliás, não constitui qualquer tipo de crime aferir que, na prática, o povo angolano é religioso no entendimento multifacetado do termo, realidade que nos permite relações próximas de abordagens de assuntos religiosos com outros, pois se tornam transversais, ou seja, um está para o outro e vice- versa.
Angola e os angolanos necessitam, com certeza, de empreender uma longa e árdua jornada para recuperar a esperança e alegria em dias melhores, sendo que, para o efeito, esta abordagem esteja cunhada de valor ampliado, meritória de aplausos colectivos.
A forte convicção dos cristãos de que a vitória da morte sobre o mundo será consumada no domingo de Páscoa, residindo nela a esperança para uma vida revigorada para o melhor, deve ser adoptada pelos angolanos profundamente comprometidos, como prática quotidiana na prossecução dos mais nobres anseios de todos, enquanto filhos da mesma pátriaSeja o primeiro a comentar esta notícia!
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