Mundo

“Filipo” afecta mais de seis mil pessoas

Pelo menos uma pessoa morreu e mais de 6 mil foram afectadas pela passagem da tempestade tropical “Filipo” por Moçambique, segundo o último boletim do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) divulgado ontem.

16/03/2024  Última atualização 07H15
Tempestade tropical em Moçambique © Fotografia por: DR
De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) a tempestade tropical iniciou a passagem por Moçambique pelo distrito de Inhassoro, província de Inhambane, seguindo para Sudoeste, nomeadamente em direção à província de Maputo, numa progressão com rajadas de vento até 120 quilómetros por hora. O boletim do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) faz mensão, além de um morto e 6.311 pessoas directamente afectadas, que a tempestade Filipo destruiu, parcialmente, 1.152 casas e, totalmente, outras 117 residências, 23 escolas, impedimento aulas a 4.220 alunos, 15 unidades de saúde e deixaram cair 44 postes de energia entre os distritos das províncias de Inhambane, Gaza e Maputo, na região Sul, e alguns de Sofala, Centro de Moçambique.

Mais de 90 mil pessoas estão privadas de energia eléctrica, segundo a empresa pública de Eletricidade de Moçambique. Além de Maputo, a vizinha cidade da Matola, a mais populosa do país, tem várias vias intransitáveis devido à queda de chuvas fortes.

 Recuperação dos danos causados pelo ciclone Idai

A Fundação Tzu Chi em Moçambique considera que a falta de recursos financeiros tem atrasado a reconstrução plena nas áreas afectadas pelo ciclone Idai, que atingiu o centro do país, há cinco anos. "As coisas não estão a sair como se queria", afirma o presidente da Fundação Tzu Chi em Moçambique, Dino Foi, em entrevista à Lusa, recordando que o Governo pediu 3,2 mil milhões de dólares, mas a comunidade internacional prometeu apenas 1,2 mil milhões.

Em Março de 2019, a região centro de Moçambique foi devastada pelo ciclone Idai, que provocou mais de 600 mortos e afectou mais de dois milhões de pessoas, e a Fundação Tzu Chi tem sido um dos rostos mais visíveis à reconstrução. Há ainda muitas famílias a residir em tendas e muitas-infraestruturas públicas e privadas por construir, disse o presidente da fundação.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Mundo