Cultura

Frank Yehokhanan redefine a sua carreira

Analtino Santos

Jornalista

O músico, produtor e director artístico do Atelier do Peixe, Frank Yehokhanan, tenciona, este ano, redefinir a sua carreira artística, quase quatro anos depois de brindar o público com os temas “Abraço à Benguela” e “Ximba”.

22/01/2021  Última atualização 12H55
Músico pensa regressar, este ano, ao estúdio para gravar © Fotografia por: DR
Essas duas músicas foram  produzidas por Botto Trindade e Miqueias Ramiro, com as participações de Joãozinho Morgado (tambores), Moreira Filho (baixo), Marito Furtado (bateria), Isaú Baptista (guitarra-ritmo), Gigi e Neide da Luz (coros). 

Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, o músico disse que para este ano pensa regressar ao estúdio para gravar temas promocionais de sua autoria, enquanto nas vestes de produtor vai trabalhar com artistas de vários segmentos, tendo como foco uma obra do seu tio, o guitarrista Botto Trindade.Adiantou que como director artístico do Atelier do Peixe, na Rua 11 do Futungo de Belas, está a fechar a programação musical e outras propostas culturais. No ano passado fechou a programação musical do espaço com a actuação de Filipe Mukenga, tendo ao longo do ano findo realizado concertos de Nanutu, Sanguito, Voto Goçalves, Nelson Santos, Bevy Jackson, Zé Afonso, Banda Afro Jazz, Gari Sinedima, Carlos Praia, Selda, Lwawawa e Banda Os Bongos.Francisco João, de nome artístico Frank Yehokhanan, é um artista natural de Benguela, que começou a se interessar pela música aos nove anos, influenciado pelo seu pai, José João, e os tios Kinito Trindade e Botto Trindade, assim como de outros elementos do agrupamento Os Bongos do Lobito, formação que pensa relançar.

O artista muda-se para Luanda em 2004 e começou a aprimorar os seus acordes na guitarra, através de uma cassete oferecida pelo seu amigo na qual continha uma vídeo-aula do professor Robson Miguel, com variados géneros musicais, tais como bossa nova, boleiro e world music. Em 2006, juntou-se a uma banda de amigos no bairro no qual residia e posteriormente a uma banda religiosa, na qual tocava guitarra ritmo.  

Anos mais tarde, sentiu a necessidade de compor as suas próprias músicas e aumentar o seu leque de conhecimentos musicais, ao invés de apenas tocar "covers” de bandas e artistas que admirava. Em 2009, começou a estudar jazz blues por correspondência com o professor universitário Jim Ferguson, de Santa Cruz, na Califórnia  e em 2012, nasceu o desejo de lançar um álbum do género semba, logo procurou beber sobre o estilo, passando a assistir s ensaios de vários conjuntos como Angola 70, Banda Welwitcha e a conviver com artistas consagrados, como Botto Trindade, Joãozinho Morgado, Zeca Tirileno e Calili. Em 2017, lançou os temas "Abraço à Benguela” e "Ximba, uma composição de Xabanú. 

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