A Associação dos Engenheiros e Gestores Ambientais de Angola (AEGAA) trabalhou, durante esta semana, na província do Uíge, para o diagnóstico do estado geral do saneamento básico, revelou, quinta-feira, o seu secretário-geral.
O Jornal de Angola apurou junto do organismo, que além do diagnóstico, serão propostas soluções viáveis para o contexto local.
Segundo o secretário-geral da AEGAA, José Palanca, o foco principal está assente na análise da situação do saneamento básico, definição da questão de gestão dos resíduos sólidos e das águas residuais do município do Uíge, bem como a proposta para as soluções técnicas viáveis, de acordo com a realidade do lugar.
José Palanca fez saber que foram propostas várias recomendações estruturais e não estruturais.
"Foram recomendações voltadas para a eliminação dos focos de lixo, um novo sistema de contentorização, recolha de resíduo que comporta uma outra parte de porta a porta”, disse, acrescentando que foram, também, propostas soluções para mitigar o problema da poluição dos rios, com realce para o Lueje, que serve como abastecimento de água para o município do Uíge.
José Palanca defendeu o sistema de gradeamento antes da Estação de Tratamento de Água (ETA) e barreiras para proteger os resíduos e sólidos flutuantes.
O responsável disse que foi proposta a educação ambiental a nível do município, sensibilização das comunidades ribeirinhas.
"Com base nesse estudo, sairá um relatório técnico de organização e orientação do sistema de saneamento, tendo como base o plano nacional estratégico de gestão de resíduos urbanos”, declarou o secretário-geral da AEGAA.
José Palanca garantiu que o diagnóstico foi realizado apenas na cidade do Uíge e reconheceu que, em termos de saneamento básico o município precisa melhorar.
"Já se eliminaram alguns focos de lixo. O cenário é desafiante, tem de se implementar, urgentemente, sistemas de infra-estruturas de recolha mais actualizados e inserir a educação ambiental nas zonas ribeirinhas para se evitar a poluição dos rios”, disse José Palanca.
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