O crítico do Presidente Paul Kagame, enfrenta 12 acusações, incluindo terrorismo, cumplicidade em assassinato e formação ou adesão a um grupo armado, segundo a agência Efe.

A família de Rusesabagina diz que ele não tem possibilidade de um julgamento justo e sublinha que o homem, de 66 anos, pode morrer de problemas de saúde atrás das grades. Os seus advogados dizem que no mês passado a sua medicação, prescrita para um distúrbio cardíaco, estava suspensa pelas autoridades judiciais.

O agravamento da saúde de Rusesabagina, o acesso limitado a uma equipa jurídica independente e as circunstâncias em torno da sua prisão geraram preocupação internacional. Ele desapareceu, misteriosamente, durante uma visita ao Dubai, em Agosto, e acabou no Rwanda - onde foi preso e apresentado algemado perante as câmaras de televisão.

Na altura, a família disse que Rusesabagina nunca mais visitaria voluntariamente o Rwanda. "Isso é uma farsa”, disse uma das filhas de Rusesabagina, Carine Kanimba, à Associated Press, antes do julgamento. "Eles sequestraram-no. É uma violação do processo legal e do direito internacional e, por isso, deve ser libertado imediata e incondicionalmente”, disse a filha.

Rusesabagina tem nacionalidade belga e é residente nos EUA. Em 2005, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos, mas agora enfrenta 13 acusações, incluindo terrorismo ”, cumplicidade em assassinato e formação ou adesão a um grupo armado, tendo começado a ser julgado com 20 supostos combatentes rebeldes.