A vandalização de bens públicos tomou contornos alarmantes. Quase todas as semanas, são reportados casos do género.Bens ou infra-estruturas que consumiram avultadas somas em dinheiro para serem construídos, são destruídos, quer para a busca fácil de dinheiro, quer por pura maldade. Os sectores da Energia e Águas, Transportes, Telecomunicações, Saúde e Educação têm sido os principais alvos.
Os sistemas educativos contemporâneos continuam com problemas para garantir que todas as crianças e jovens possam ter acesso a uma educação e formação que lhes permitam integrar-se plenamente nas sociedades.
Embora o conceito varie, sendo um campo que divide especialistas e apaixona debates, o que é facto é que a língua materna existe e acaba por ser determinante no processo de socialização do ser humano.
Hoje, é celebrado, em todo o mundo, o Dia Internacional da Língua Materna, data instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a 17 de Novembro de 1999, com o objectivo de promover a diversidade linguística e cultural entre as diferentes nações.
A efeméride, na visão da UNESCO, lembra, igualmente, os Estados membros da UNESCO e as suas matrizes a reflectirem sobre a preservação das particularidades linguísticas e culturais de cada sociedade.
Em África, onde a variedade de línguas é uma realidade, o desafio é ainda maior na medida em que a multiplicidade de idiomas se junta à "imposição” de línguas não africanas, que acabam, ironicamente, por servir como elo de unidade e reconciliação nacionais, em muitos países. E as referidas línguas galgam um caminho, em África, que as transforma no primeiro meio línguístico com o qual "milhares de bebés africanos aprendem a dizer as primeiras palavras”.
As vantagens do uso da língua nativa estão por demais estudadas e comprovadas, razão pela qual urge proceder à "contínua transmissão das línguas maternas à nova geração, em especial as de origem regional, um acto que deve começar desde a infância”, tal como defendeu, no ano passado, o director do Instituto de Línguas Nacionais (ILN), José Pedro.
"O desafio para a inserção das línguas maternas nas escolas enquadra-se nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o número 4 dos ODS, que desafia os Estados Membros a garantir uma educação inclusiva e de qualidade para todos e promover a aprendizagem ao longo do tempo”, disse o especialista, na altura, em entrevista ao Jornal de Angola.
Para todos os processos de natureza política, económica, social e cultural que impactam a vida da população, como defendem muitos sectores em Angola, é necessário o envolvimento das línguas nativas como veículo de transmissão e recepção de informação, notícia e recreação.
Há dias, a juíza conselheira e presidente do Tribunal Constitucional defendeu a necessidade de se traduzir a Carta Magna do país nas diferentes línguas, para que os angolanos possam ter a oportunidade de conhecer a Constituição da República a partir da língua que melhor dominam.
Acreditamos que, em todo o país, há sensibilização para com as línguas maternas, razão pela qual urge fazer esforço para a preservação, encorajar o uso e dar dignidade à primeira língua nativa de milhares de angolanos, de Cabinda ao Cunene. Na verdade, houve, no passado recente, uma experiência que precisa de ser retomada, ligada ao uso de línguas maternas nas primeiros anos de escolaridade, em determinadas regiões do país.
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LoginPor conta de algum ajuste da pauta aduaneira, concretamente relacionada com a taxação dos produtos de uso pessoal, nos últimos dias, a Administração Geral Tributária (AGT) esteve, como se diz na gíria, na boca do povo. A medida gerou uma onda de insatisfação e, sendo ou não apenas a única razão, foi declarada a suspensão daquela modalidade de tributação, nova na nossa realidade.
Persigo, incessante, mais um instante para privilegiar o sossego. Para a parte maior da raça humana, pondero tratar-se da necessidade que se vai evidenciando quando a tarde eiva as objectivas da vida. Rastos de águas passadas há muito direccionam o moinho para a preciosidade do tempo.
Em diferentes ocasiões, vimos como o mercado angolano reage em sentido contrário às hipóteses académicas, avançadas como argumentos para justificar a tomada de certas medidas no âmbito da reestruturação da economia ou do agravamento da carga fiscal.
O conceito de Responsabilidade Social teve grande visibilidade desde os anos 2000, e tornou-se mais frequente depois dos avanços dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Portanto, empresas socialmente responsáveis nascem do conceito de sustentabilidade económica e responsabilidade social, e obrigam-se ao cumprimento de normas locais onde estão inseridas, obrigações que impactam nas suas operações, sejam de carácter legal e fiscal, sem descurar as preocupações ambientais, implementação de boas práticas de Compliance e Governação Corporativa.
Angola vai participar, quarta-feira, 1 de Maio, Cabo Verde, na celebração dos 50 anos de libertação dos presos políticos do campo de concentração do Tarrafal, símbolo da opressão e violência da ditadura colonial portuguesa.