Economia

Imobiliária espera encaixe de 50 mil milhões de kwanzas

O Banco de Poupança e Crédito (BPC) espera um encaixe de mais de 50 mil milhões de kwanzas com a venda de 480 activos imobiliários em leilões digitais lançados ontem, em Luanda.

06/05/2021  Última atualização 11H37
© Fotografia por: Ediçoes Novembro
Em declarações à imprensa, depois do acto de lançamento, o presidente do Conselho de Administração do BPC Imobiliária (BPCI), Óscar Rodrigues, reafirmou as garantias de "segurança, lisura, transparência, equidade e concorrência leal” ao longo dos leilões.Os imóveis representam uma área bruta de 5,5 milhões de metros quadrados, estão avaliados em 29,8 mil milhões de kwanzas e incluem casas, espaços comerciais e terrenos.
O processo de leilões electrónicos é gerido e operacionalizado por uma Comissão de Avaliação e Negociação constituída por cinco membros ( três representando o BPC e dois o BPC Imobiliária), supervisionados por uma Comissão de Acompanhamento e Controlo integrada, entre outros, por quadros da Direcção Nacional do Património do Ministério das Finanças e do Departamento de Leilões da AGT.Para a comercialização dos activos, o BPC Imobiliária definiu uma estratégia  de três etapas complementares, licitando 239 activos imobiliários na primeira fase, 25 dos quais foram levados a leilão ontem, com o acto de lançamento do plataforma digital.De forma faseada, outros activos são levados a leilão num prazo de dois anos, com a oferta a constituir-se, em 66 por cento, em imóveis localizados em zonas urbanas e, 34 por cento, em zonas rurais. Cerca de 80 por cento estão concentrados nas províncias de Luanda, Bengo, Huíla e Benguela. 
O acto de lançamento da plataforma digital contou com a participação representantes institucionais como os secretários para a Habitação, para a Comunicação Social e para a Juventude, Ana Paula de Carvalho, Nuno Caldas Albino e Fernando João,  além do presidente do Conselho de Administração do BPC, André Lopes, que apontou as licitações como parte do Plano de Reestruturação, que pretende manter o banco nas actividades "core”.Além disso, lembrou André Lopes, a Lei de Bases das Instituições Financeiras "não permite que os bancos adquiram ou mantenham na sua carteira, imóveis que não sejam necessários à prossecução do seu objecto social”, pelo que, disse, aqueles "devem, ao abrigo da legislação em vigor, ser alienados no prazo de dois anos”.
Acesso às transacções
As transacções decorrem com o acesso ao website www.bpcimobiliaria.com, onde é encontrada toda a informação relacionada com os activos imobiliários a alienar, como os critérios de acesso, preços, descrição e localização dos activos, bem como a documentação exigida e formas  de pagamentos. Segundo Óscar Rodrigues, o não cumprimento dos critérios implica a exclusão do candidato, o que se aplica a pessoas que têm dívidas com bancos, ou com a Agencia Geral Tributária (AGT).Para cada sessão de leilão, o público   pode obter informações por via do website do BPC Imobiliária, canais de redes sociais e Comunicação Social, incluindo o Jornal de Angola.
Por meio destes, os internautas terão informações referentes a data do início e hora do leilão, bem como o tipo de leilão, valor base do bem ou conjunto de bens a vender, natureza do bem, e hora em que o bem pode ser visitado.Igualmente terão informações sobre a composição, artigo matricial e descrição predial, coordenadas e geográficas da localização aproximada, fotografias do imóvel, contactos para esclarecimentos de dúvidas e apoio aos licitantes.

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