O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
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Os Jovens do Prenda encontram-se, desde segunda-feira, no Rio de Janeiro, no Brasil, para finalizar a produção do duplo álbum, que deve chegar ao mercado no próximo mês de Maio. O projecto, com 26 faixas musicais, foi gravado na primeira fase nos estúdios da Rádio Vial, em Luanda.
Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, João Andrade, presidente da Cooperativa Cultural Os Jovens do Prenda, prometeu um trabalho onde num volume constarão músicas novas, enquanto o outro consistirá em sucessos antigos.
O volume 1 é denominado "Viagens ao Passado”, comportando músicas antigas, mas com uma nova roupagem, e o volume 2 é composto por novas músicas. "Já faz tempo que os Jovens do Prenda não colocam no mercado músicas novas. Então queremos deliciar os nossos admiradores, os nossos fãs em geral, a saborearem o bom som dos Jovens do Prenda”, disse.
O projecto remonta desde meados de 2022. Segundo João Andrade, a escolha do Brasil para gravar o disco deve-se ao facto de existir parceiros neste país e os custos são reduzidos. "Por outro lado, como sabem, a história da música diz que o samba é filho do semba”, justificou João Andrade. O intercâmbio com músicos brasileiros e a oportunidade de mostrar a sonoridade angolana é outro dos objectivos desta viagem.
Os integrantes permanecerão no Brasil até meados de Março, para trabalhos de mistura, gravações adicionais e edição do disco, com previsão de lançamento para Maio. " Este é o resultado de dois anos da transformação do grupo como uma cooperativa cultural, mas não nos queremos limitar apenas à produção discográfica”, explicou.
"Nós teremos algumas participações de músicos, guitarristas, sopristas e percussionistas para fazerem gravações adicionais. Pensamos ter a participação do Martinho da Vila, Xandes de Pilates e se possível do Zeca Pagodinho”, revelou Esteves Bento, percussionista e porta-voz do grupo, à Rádio Cultura Angola.
Em relação ao conceito do projecto afirmou que são doze músicas inéditas e 14 antigas. " Estas estão naquilo que chamamos ‘Viagens ao Passado’, onde recolhemos temas gravados nos finais dos anos 1960 e início dos anos 1970. Nós regravamos no sentido de imortalizarmos, embora algumas delas volta e meia ainda toquem, mas queremos manter com uma nova roupagem de forma a eternizar as músicas”.
O conjunto dos Jovens do Prenda foi criado em Outubro de 1968 e actualmente os veteranos Didi da Mãe Preta, Augusto Chacayá e António Imperial "Baião” são as personagens históricas do grupo. Na formação pontificam João Daloba, Zé Luís, Esteves Bento, Tony do Fumo Filho, Benjamim, Cláudio Click Clack, Elcy, Gabriel Muvulanga, Lukeny, Yuri e Mário, com o ritmo característico do grupo.
Os Jovens do Prenda são considerados das grandes escolas para os executantes da Música Popular Angolana. Pelo grupo já passaram artistas como Kintino, Zecax, Mingo Canhoto, Twely Bamba, Romão Teixeira, Julinho Vicente, Joca, Dom Pirakanda, Pepelo e Dom Caetano.
Na fase inicial, passaram pelo grupo Zé Keno, Chico Montenegro, Cangongo, Inácio, António do Fumo, Didi, Gama e Sansão. Os Jovens do Prenda têm os discos "Música de Angola, Jovens do Prenda”, de 1982, mais tarde reeditado como "Mutidi”, "Samba-Samba” (1992), "Kudicola Kwetu” (2003) e Iweza (2010).
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