O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
Os conjuntos Os Kiezos e Os Jovens do Prenda abrem, amanhã, a partir das 11h00, no Centro Cultural e Recreativo Kilamba, em Luanda, a temporada 2024 do tradicional Muzonguê da Tradição, convívio peculiar que remete os passitas ao melhor do semba (dança e música) e da gastronomia típica de Luanda. A tarde ainda reserva as actuações de Patrícia Faria, Botto Trindade, António Paulino, Tony do Fumo Filho e Augusto Chacayá.
O porta-voz do Muzonguê da Tradição, Dom Caetano, ao falar do concerto de arranque da temporada, garantiu que será um convívio salutar que vai proporcionar momentos de alegria aos convivas.
"Para dar maior satisfação à nossa primeira edição de 2024, será com os dois conjuntos mais emblemáticos da música angolana. Acumulando décadas de existência, o conjunto Os Kiezos foi fundada em 1965, enquanto que Os Jovens do Prenda em 1968. Cada um com uma história revestida de glória e um trabalho intenso ao longo dos anos”, observou.
Para Dom Caetano, as presenças das duas formações no mesmo recinto é comparada pelos amantes da cultura angolana a um renhido dérbi desportivo, razão pela qual é vivido como um "trumunu musical”, onde o "fair play da amizade” é a principal marca. A actuação das duas formações é sempre muito aguardada, com um reportório que remete ao período de glória dos conjuntos no panorama da música urbana angolana.
"O pensamento que norteia o concerto não deve ser o de questionar qual dos dois é o melhor. Olhar e apreciar a prestação dos grupos, de modo a produzir opiniões que podem ser capazes de ajudar no crescimento de cada um”, disse Dom Caetano.
Segundo o interlocutor do Jornal de Angola, este ano a temporada começa mais cedo para compensar as poucas edições realizadas em 2023. "Significa também o regresso das actividades com mais frequência, pois a intenção é regularizar a periodicidade. Pretendemos realizar oito eventos, mas tudo depende do estado das infra-estruturas e acertos de agendas com os artistas”, explicou o porta-voz do projecto.
A presença de outros artistas não pertencentes a nenhum dos conjuntos no Muzonguê da Tradição mereceu a justificação de Dom Caetano, apontando António Paulino como um homem da casa, que raramente passa um ano sem cantar no palco do Kilamba, além de estabelecer uma relação boa com as duas formações. Já Patrícia Faria, argumentou Dom Caetano, foi escolhida por representar a nata mais jovem de intérpretes da música angolana.
"É mais uma oportunidade para acompanharmos a Patrícia Faria, a quem as ocupações profissionais como advogada e directora do Centro Cultural Njinga Mbandi a afastaram dos palcos nos últimos tempos. O Botto Trindade é um guitarrista que executa bem os solos de Marito, fundador dos Kiezos, e a dupla Augusto Chacaya e Tony do Fumo Filho porque são vocalistas dos Jovens do Prenda e também são presenças regulares no Muzonguê”, disse.
A última edição do Muzonguê da Tradição aconteceu a 17 de Dezembro e ficou marcada com a homenagem a Dom Caetano. No elenco estiveram a Banda Movimento, Calabeto, Augusto Chacaya, Maya Cool e Calado Show. A primeira edição de 2023 aconteceu em Maio e juntou Os Kiezos, Calabeto, Robertinho, Augusto Chacaya, Eddy Tussa, Fiel Didi, Lolito da Paixão e Suzanito.
Perfil dos conjuntos
O conjunto Os Kiezos é a formação angolana mais antiga, surgida na zona do Kapolo Boxi, no Marçal, em 1965, quando Domingos António Miguel da Silva "Kituxi” reuniu os amigos e vizinhos Marito, Adolfo Coelho, Juventino e Avozinho.
Pelo grupo passaram nomes como: Vate Costa, Gaby Pureza, Juventino, Tony do Fumo, Fausto Lemos, Tony Galvão, Humberto Vieira Dias, Hélder Leite, Carlitos Vieira Dias, Joãozinho Morgado, Juca Vicente, Zeca Tirilene, Julinho Vicente, Carlos Timóteo "Calili”, Botto Trindade, Joãozinho Morgado, Horácio Dá Mesquita e outros que marcaram a música angolana.
Actualmente, Hildebrando Cunha e Gegé Faria lideram o conjunto e tem como vocalistas Zé Manico e Manuel Claudino "Manuelito”. Habana Mayor (congas) Tony Samba (teclados), Sabino Batera (bateria) e Reginaldo (baixo) são os outros integrantes com a responsabilidade de carregar a mística do conjunto.
Os Jovens do Prenda são considerados como uma das grandes escolas para os executantes da Música Popular Angolana. Por eles já passaram artistas como Kintino, Zecax, Mingo Canhoto, Twely Bamba, Romão Teixeira, Julinho Vicente, Joca, Dom Pirakanda, Pepelo e Dom Caetano.
Criado em 12 Outubro de 1968, tem no trio Didi da Mãe Preta, Augusto Chacayá e Baião são as figuras históricas que continuam em actividade. João Daloba, Zé Luís, Esteves Bento, Tony do Fumo Filho, Benjamim, Cláudio Click Clack, Elcy, Gabriel Muvulanga, Lukeny, Yuri e Mário complementam a formação actual dos Jovens do Prenda.
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