Mundo

Lei de amnistia alvo de crítica no Senegal

A Human Rights Watch criticou, ontem, em comunicado citado pela AFP, o projecto de lei de amnistia apresentado, segunda-feira, pelo Presidente do Senegal, Macky Sall, aos deputados, considerando que abre a porta à impunidade de crimes graves.

08/03/2024  Última atualização 14H20
© Fotografia por: DR

Em 26 de Fevereiro, em plena crise política causada pelo adiamento das eleições presidenciais, e como forma de reconciliar o país, Macky Sall anunciou uma lei de amnistia geral para actos relacionados com os protestos políticos realizados entre 2021 e 2024.

Dois dias depois, o Conselho de Ministros aprovou o projeto de lei, que deve ser votado no Parlamento nos próximos dias. "Caso seja aprovado, o projecto de lei pode efectivamente conceder impunidade a funcionários responsáveis por graves abusos dos direitos humanos", disse Ilaria Allegrozzi, investigadora sénior para o Sahel da organização não-governamental Human Rights Watch.

"Qualquer amnistia que reforce a impunidade, absolvendo a responsabilidade dos funcionários do Governo e das forças de segurança por graves violações dos direitos humanos, é incompatível com as obrigações nacionais e internacionais do Senegal", vincou Allegrozzi.

O projecto refere que a amnistia diz respeito a "todos os actos que possam ser classificados como infracções penais ou correcionais cometidos entre 1 de Fevereiro de 2021 e 25 de Fevereiro de 2024, tanto no Senegal como no estrangeiro, relacionados com manifestações ou com motivações políticas, incluindo os feitos por qualquer meio de comunicação, quer os autores tenham ou não sido julgados".

 

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Mundo