A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Denise António, destacou, sexta-feira, em Luanda, a importância do Governo angolano criar um ambiente propício para a atracção de mais investidores no domínio das energias renováveis.
O Governo do Bié iniciou a montagem de um sistema de protecção contra descargas atmosféricas nos nove municípios da província, pelo elevado número de pessoas que morreram nas últimas chuvas, devido a este fenómeno, garantiu, sexta-feira, o governador Pereira Alfredo.
Os munícipes de Luanda, sobretudo os da zona da cidade, reclamam a falta de balneários públicos, pois, quando precisam de fazer necessidades fisiológicas, na maior parte das vezes, não têm um espaço ideal para tal.
Esta é a constatação da funcionária pública Telma da Silva, de 39 anos, para quem, a procura por um WC num bar ou lanchonete, também, nem sempre tem tido resultado satisfatório, pois, na maior parte das vezes, apenas estão disponíveis para os clientes.
Pelas experiências e angústias passadas, a servidora pública diz ser difícil conseguir o acesso a um WC num bar ou lanchonete, se não for consumir no espaço. "Os comerciantes dizem sempre "aqui não é banheiro público”, desabafou.
A falta de balneários públicos sente-se, também, em alguns mercados e locais de grande aglomeração. "Assistimos à instalação de vários urinóis, em muitas zonas da cidade e, na altura, aplaudimos o projecto, mas a iniciativa não teve continuidade, e, hoje, a situação é triste”, lamentou Telma da Silva.
Isaque Abel José, estudante da Universidade Lusíada de Angola, na zona baixa da cidade, disse que Luanda possui alguns mictórios, que deveriam funcionar como balneários públicos, mas estão inoperantes por falta de manutenção.
"Aquele urinol, do largo do Lumeji, se estivesse a funcionar, seria útil para os transeuntes, sobretudo funcionários, automobilistas e passageiros”, exemplificou o estudante do 3º ano do curso de Direito, apontando para a estrutura inoperante.
Como aquele, encontram-se na mesma situação pelo menos mais 13 casas de banho e seis urinóis públicos, alguns na rua Rainha Ginga, na zona da Mutamba, Combatentes, Coqueiros, na Alameda Manuel Van-Dúnem e na rua Marien Ngouabi.
O mesmo cenário é registado em zonas de grande concentração de pessoas nos municípios do Cazenga, Kilamba Kiaxi, Cacuaco e Talatona.
Com um semblante triste, Isaque lamentou, também, o facto de as zonas de muitas áreas de grande concentração populacional estarem a ser usadas como casas de banho a céu aberto. São muitas pessoas a urinar e defecar ao ar livre. A situação, disse, é ainda mais preocupante quando o cenário é filmado para ser publicado nas diferentes redes sociais.
Segundo
Isaque Abel José, a instalação ou recolocação de balneários públicos seria de
grande utilidade social, até para os "moradores de rua”.
Proximidades de hospitais
Locais de grande concentração de pessoas, como as proximidades de estabelecimentos hospitalares, precisam da instalação de casas de banho públicas. Foi o que o Jornal de Angola constatou próximo das Maternidades Lucrécia Paim e Augusto Ngangula, dos Hospitais Josina Machel e Américo Boavida e do Pediátrico David Bernardino.
As enchentes nas proximidades dos estabelecimentos hospitalares justificam-se com a necessidade de os familiares de pacientes internados estarem por perto, a fim de responderem a eventuais chamadas para a solução de um determinado problema com o internado.
"Ficamos aqui fora do hospital dia e noite e não temos um lugar para fazer as necessidades menores. Às vezes, preferimos não comer nem beber muita água, para não fazermos necessidades fisiológicas”, lamentou José João, de 64 anos, que reside no bairro Cassequel do Buraco e, na altura desta reportagem, tinha um familiar internado na Maternidade Augusto Ngangula.
"Temos aqui um urinol, localizado junto ao largo do cemitério do Alto das Cruzes, mas, infelizmente, está completamente degradado. Encontra-se em mau estado de conservação, sujo e mal-cheiroso e as portas encontram-se no chão”, disse.
Marcelina Narciso, moradora da rua Ndunduma, defronte à Maternidade Augusto Ngangula, lamentou o facto de Luanda não ter balneários públicos que atendam à demanda. "Isto não é normal”, disse a munícipe, para quem a cidade é malcheirosa, porque as pessoas urinam, e às vezes até defecam em qualquer esquina.
"Às vezes, não conseguimos dar um passeio com as crianças, pois que, a qualquer momento, na rua ou num beco, encontramos alguém a fazer necessidade maior ou menor”, queixou-se Marcelina, para quem, o Governo da Província de Luanda precisa de fazer alguma coisa para acabar com esta situação.
Banheiro público junto ao Cemitério do Alto das Cruzes
Zonas do Alto das Cruzes e Largo da
Independência são excepções
Numa ronda efectuada pela cidade de Luanda, o Jornal de Angola constatou que no Largo do Cemitério do Alto das Cruzes existe uma casa de banho pública, que funciona das 8h às 15 horas.
Albino Sozinho Dala, funcionário em serviço, explicou que as pessoas que utilizam o espaço pagam 100 kwanzas para fazer as necessidades fisiológicas.
"O número de pessoas que atendemos diariamente é muito limitado, mas quando há funerais as solicitações aumentam, em função das pessoas que entram e saem do cemitério”, explicou.
A falta de água corrente tem sido o grande problema enfrentado pelos funcionários da casa de banho pública. Para contornar a situação, segundo Albino Sozinho Dala, utiliza-se a fonte do canal de rega do jardim para encher os tambores das duas casas de banho públicas.
Na zona do Largo da Independência, existem três casas de banho privadas a funcionar em pleno, num único espaço, abertas todos os dias, das 7h às 18h. Pela utilização, os utentes pagam 50 kwanzas.
Orlando João Adão, de 35 anos, trabalha no local em dias alternados. Contou que, em média, atende, diariamente, cerca de 50 utentes. Tal como na casa de banho defronte ao Cemitério do Alto das Cruzes, no Largo da Independência também não há água corrente.
As casas de banho são abastecidas por camiões-cisterna e o estabelecimento conta com um sistema de electrobomba.
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