Economia

Meio milhão de consumidores com energia nas zonas rurais

Waldina de Lassalete

Jornalista

O país concluiu, recentemente, a construção de sete centrais fotovoltaicas, com capacidade de adicionar à rede pública de electricidade mais 370 megawatts e poder vir a beneficiar um mínimo 500 mil habitantes nas zonas rurais.

24/02/2024  Última atualização 09H40
Centrais fotovoltaicas © Fotografia por: DR
A informação foi avançada, ontem, em Luanda, pelo ministro da Energia e Águas.

João Baptista Borges discursou na abertura da 25ª reunião do Comité de Direcção do Pólo Energético da África  Central (PEAC).

Na ocasião, o ministro destacou ainda que, nos últimos anos, Angola atingiu uma capacidade total instalada de 6,3 gigawatts com a conclusão recente da Barragem de Laúca.

Prevê-se, até 2027, uma capacidade instalada de 9,6 gigawatts, com a conclusão do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo Cabaça.

A infra-estrutura está em construção na província do Cuanza-Norte e permitirá gerar um adicional de 2,17 gigawatts. Há ainda a previsão de um adicional de mais 500 megawatts de capacidade solar, com a conclusão dos parques fotovoltaicos de Catete e Malanje.

No âmbito da concretização do Plano de Desenvolvimento Nacional  2022-2027, Angola prevê, igualmente, avançar para a construção de interligações com as regiões Central e Austral de África, com destaque para a Namíbia, Zâmbia e República Democrática do Congo (RDC).


Ministro da Energia e Águas, João Baptista  Borges


Angola assume presidência da região

O ministro João Baptista Borges informou, ontem, em Luanda, que nos dois anos de mandato à frente do Pólo Energético da África Central (PEAC), Angola vai desenvolver acções para que os projectos de interligação regional sejam uma realidade a curto prazo.

"Vamos ter um mandato de dois anos com actividades muito intensas”, disse.

Angola assumiu, por intermédio da empresa Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT), a presidência do Comité de Direcção  do Pólo Energético da África Central (PEAC).

Segundo o ministro, não obstante os avanços alcançados no âmbito jurídico, ainda subsistem desafios no domínio das infra-estruturas, que impedem o início e a aceleração dos projectos de interligação regional.

As interligações entre os diferentes países vão necessitar de um engajamento político dos Estados e das diferentes organizações parceiras, incluindo o sector privado.

"Queremos criar um mercado de energia na África Central, onde cada país possa ir comprar ou vender a energia que produz ou de que necessita”, afirmou.

O nível de electrificação da Região Central de África situa-se em cerca de 40 por cento, com um potencial energético avaliado em 50 GW e uma capacidade instalada actual de 10 GW, niveis  considerados reduzidos  para atender 185 milhões de habitantes.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Economia