Sociedade

Ministério do Interior quer mais pro-actividade

André da Costa|

Jornalista

Os participantes do Conselho Consultivo Alargado, do Ministério do Interior, recomendaram, terça-feira, em Luanda, o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros para reforçar as estratégias, de forma a reduzir os riscos de desastres, inundações, afogamentos e naufrágio.

17/04/2024  Última atualização 07H25
Ministro Eugénio Laborinho pediu à população para denunciar quem põe em risco a segurança © Fotografia por: DR
Durante a leitura do comunicado final do encontro, o porta-voz do Conselho Consultivo, Vasco da Gama, informou que houve uma diminuição no número de incêndios registado pelo Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.

A reunião, explicou, recomendou, ainda, que a Polícia e o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) continuem a trabalhar, na melhoria do controlo das fronteiras, adoptando medidas de contenção da imigração ilegal, tráfico de pessoas e contrabando de combustíveis.

Ao Serviço Penitenciário, destacou, foi recomendado para aprimorar as acções de humanização, visando a reintegração dos ex-reclusos. A reunião, continuou, permitiu avaliar a estrutura actual do Ministério do Interior, visando adequá-la ao contexto sociopolítico que o país vive, de forma a ter uma melhor resposta das questões de segurança pública.

Para os participantes, de acordo com o superintendente, a Polícia Nacional e o Serviço de Investigação Criminal (SIC), em coordenação com os demais órgãos de defesa, segurança e de justiça, intensifiquem os mecanismos de prevenção e combate à criminalidade, como garimpo de minerais estratégicos, vandalização de bens públicos, a pesca ilegal entre outros.

Estatística

O Comando-Geral da Polícia Nacional registou, nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março deste ano, a redução dos acidentes de viação, em 632, se comparado com o ano passado, assim como o número de mortes, para 210, e menos 855 feridos, anunciou ontem, em Luanda, o porta-voz do Conselho Consultivo do Ministério do Interior.

Vasco da Gama adiantou que os participantes exortaram às igrejas, autoridades tradicionais, comissões de moradores e associações cívicas, a participarem dos esforços feitos pelo Estado na redução da criminalidade, mediante denúncias.

Os participantes, avançou, recomendaram, ainda, que a Polícia reforce os actos de sensibilização tendentes a reduzir a sinistralidade rodoviária e o SIC trabalhe, com os órgãos afins, para prevenir e combater a actividade de mineração de criptomoedas.

O Conselho Consultivo abordou, entre outras matérias, sobre a situação da segurança pública, o impacto das operações do SIC, a importância das funções da Unidade Central de Contratação Pública e Normalização dos Procedimentos.

No final, o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, pediu à população para denunciarem todos que coloquem em risco a segurança dos cidadãos, a paz e a harmonia social. "A população deve cooperar nas acções de prevenção”, disse.

Alertas

Para o ministro, é importante reforçar as acções de vigilância das fronteiras, reduzir os índices de criminalidade no geral e particularmente da sinistralidade rodoviária e melhorar os métodos de combate aos crimes económicos e financeiros.

A outra preocupação, referiu, é o aumento de casos de justiça por mãos próprias, cometidos por alguns cidadãos, apontando como exemplo a morte do jovem músico gospel Calebe, no município do Cazenga, por populares. Por isso, apelou aos cidadãos a evitarem tal prática, porque o Estado tem órgãos vocacionados para fazer justiça.

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