Política

MPLA reitera compromisso de continuar a trabalhar para melhor servir o povo

Pedro Ivo

Jornalista

A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, reiterou, sexta-feira, em Luanda, que o “partido dos camaradas” vai continuar a trabalhar, de forma abnegada, para servir o povo e fazer Angola crescer.

17/02/2024  Última atualização 11H25
Luísa Damião enalteceu aposta do Executivo nos sectores da Educação e Ensino Técnico © Fotografia por: Edições Novembro
Luísa Damião fez este pronunciamento durante uma palestra sobre o 4 de Fevereiro, realizada no âmbito das comemorações dos 63 anos do início da Luta Armada de Libertação Nacional, no município do Cazenga, referindo que na tarefa para fazer crescer e desenvolver o país é necessário a contribuição de todos, incluindo os jovens.

A vice-presidente do partido que sustenta o Governo defendeu que a juventude angolana deve ser instruída e aproveitar as excelentes oportunidades para exteriorizar o seu "génio criativo e inovador”. "Este país é jovem e por isso devemos prestar uma atenção especial à juventude e às crianças”, acrescentou Luísa Damião.

Na ocasião, enalteceu a aposta do Executivo e do seu Titular, João Lourenço, relativamente aos investimentos feitos no sector da Educação, no Ensino Técnico-profissional, no Ensino Superior, na Cultura e sobretudo nas Novas Tecnologias.

"Precisamos, igualmente, de educar os nossos jovens para a conservação e preservação dos valores culturais, históricos, morais, cívicos e patrióticos, que são premissas fundamentais para a identidade de um povo”, destacou Luísa Damião, apelando aos jovens no sentido de aumentarem o amor aos estudos.

A dirigente política afirmou que ser jovem, nos dias de hoje, é muito diferente do que era ser jovem na época dos ancestrais, pelo facto de, actualmente, o mundo ser mais rápido, tecnológico, digital e menos analógico.

"Neste ambiente novo e desafiador, conversamos menos com os nossos jovens, porque estão mais expostos e conversam mais com as máquinas, vão logo às redes sociais com as vantagens que oferecem e ao mesmo tempo com muitos riscos de consumirem produtos nocivos à saúde”, expressou.

A vice-presidente do MPLA sustentou, ainda, a necessidade da sociedade, família e pais continuarem a dialogar com a camada juvenil, transmitindo os valores positivos herdados dos antepassados.

Preservação da data

De acordo com Luísa Damião, a sociedade tem a obrigação de preservar os valores do 4 de Fevereiro, bem como honrar aqueles que se entregaram para a liberdade do povo, tornando Angola livre e independente.

"Preservar os valores do 4 de Fevereiro e honrar os nossos heróis é continuar a lutar no nosso tempo histórico, por criar as condições necessárias por uma vida digna ao povo angolano, em particular à nossa heróica e querida juventude angolana, que tem anseios e legítimas aspirações”, salientou a vice-presidente do MPLA.

A número dois do maior partido político do país destacou, também, as figuras de Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio Sotto Mayor e Neves Bendinha, que se bateram heroicamente no assalto do 4 de Fevereiro, com o objectivo de libertar os presos políticos angolanos que lutavam pela conquista da Independência. Por este motivo, aproveitou para citar o lugar simbólico erguido no Cazenga para prestar homenagem aos heróis tombados pela Independência Nacional, o Marco Histórico.

Um marco histórico eterno

O historiador e sociólogo  Cornélio Caley, na qualidade de palestrante, considerou que o 4 de Fevereiro é "um marco histórico eterno”, pois incentiva e dá forças para a juventude seguir em frente inspirando-se nos ideais desses heróis.

Na sua intervenção, Cornélio Caley frisou que os jovens devem enaltecer as conquistas alcançadas desde a data do início da Luta de Libertação Nacional à Independência do país, a 11 de Novembro de 1975, e à Paz e Reconciliação Nacional, a 4 de Abril de 2002.

Na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961, ocorreram assaltos em simultâneo à Casa de Reclusão Militar, Cadeia de São Paulo e à 4ª Esquadra da Polícia, símbolos significativos do poder colonial, onde se encontravam encarcerados patriotas angolanos por motivos políticos.

Tratava-se de uma operação de grande risco para os patriotas, que estavam decididos a enfrentar o sistema e todo o seu aparato, pois esta acção foi o culminar das reivindicações apresentadas pelos patriotas angolanos, em fórum próprio, às autoridades, que nunca viram de bom grado o apelo à emancipação e Independência do povo angolano.

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