Desporto

Ndungidi Daniel melhora do desconforto da diabetes

Honorato Silva

Jornalista

A preocupação com estado de saúde de Ndungidi Daniel, antiga estrela do futebol angolano, notabilizado ao serviço do 1º de Agosto, deu lugar ao surgimento de notícias animadoras, na sexta-feira, face à indicação do registo de melhoria na descompensação da diabetes, no internamento que observa na Ala dos Generais do Hospital Militar Central, em Luanda.

03/03/2024  Última atualização 08H54
Chefe do Estado-Maior, General de Aviação Altino Carlos, visitou o ídolo de muitos angolanos © Fotografia por: DR

Em conversa telefónica ainda no leito hospitalar, Ndungidi confirmou, ao Jornal de Angola, ter passado por uma situação delicada, que obrigou o acompanhamento clínico, para estabilizar o quadro alterado pelo descuido na observância da dieta alimentar prescrita, de modo a evitar uma nova recaída, visto que experimentou situação semelhante em Dezembro.

Com alguma dificuldade na fala, o considerado melhor futebolista angolano do pós-Independência, começou por agradecer as manifestações de solidariedade desencadeadas nas redes sociais, para, em seguida, tranquilizar a opinião pública quanto à assistência que está a receber, descartando qualquer situação de abandono ou de falta de acompanhamento médico.

"Muito obrigado pela preocupação! As pessoas querem saber do meu estado de saúde. Na verdade, tive uma recaída, há dias, por ter falhado um pouco na dieta. Sou diabético, por isso, tenho de ter alguns cuidados. Mas não é verdade a informação da falta de assistência médica. Neste momento, encontro-me internado na Ala dos Generais do Hospital Militar Central. Antes, fui levado à Zona Económica, por recomendação do médico que me acompanha, que estava lá de banco”, explicou Ndungidi Daniel, na chamada telefónica intermediada pelo general Gouveia de Sá Miranda.

A alta hospitalar está dependente da melhoria da situação clínica do antigo futebolista, igualmente bem-referenciado como treinador, neste momento medicado para combater uma mazela num dos pulmões: "Tenho de recuperar de uma pneumonia. É por isso que estou aqui sob acompanhamento médico. Quando o quadro estabilizar, irei a casa”.

 
Pronta resposta

Companheiro de Ndungidi no FC de Luanda, no período colonial, Sá Miranda manifestou-se preocupado com as informações a dar conta da eventual carência na assistência médica, sobretudo, nas redes sociais, que registaram a multiplicação de partilhas de mensagens de apelo à prestação de apoio à dimensão das necessidades de saúde da estrela que brilhou ainda com as cores do Petro de Luanda.

"Era de esperar a grande manifestação pública. Afinal, estamos a falar de uma referência da nossa sociedade. Figura que marcou o país na primeira década de existência como Estado livre e soberano. No entanto, é importante sublinhar que não falta apoio. Ele está a ser acompanhado na Ala dos Generais do Hospital Militar. Temos de tranquilizar as pessoas, certos de que o Ndungidi vai recuperar e receber alta”, atalhou o general.

Admirador confesso do antigo craque formado na escola de Fernando Peyroteo, futebolista nascido em Angola, que brilhou no Sporting de Portugal, o jornalista Amílcar Xavier assinou uma nota a clamar por assistência ao grande ícone do 1º de Agosto. Na sequência, o artigo da rubrica "Palavra do Director” do Jornal dos Desportos, da edição de sexta-feira, registou várias dezenas de partilhas no facebook, acompanhadas de mensagens de encorajamento e desejos de rápida recuperação.

Além dos três títulos consecutivos do Girabola, conquistados como jogador, e dois nas vestes de treinador, pelo 1º de Agosto, o artista da bola, imortalizado por Paulo Flores, em "Maravilhoso 1972”, pois "aquela bola que o Ndungidi batia/tinha embora outra mania/de inventar em mim/a tal da felicidade”, brilhou na despedida da carreira, com a consagração em 1990, na defesa da camisola tricolor dos petrolíferos do Eixo Viário.

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