Por conta de algum ajuste da pauta aduaneira, concretamente relacionada com a taxação dos produtos de uso pessoal, nos últimos dias, a Administração Geral Tributária (AGT) esteve, como se diz na gíria, na boca do povo. A medida gerou uma onda de insatisfação e, sendo ou não apenas a única razão, foi declarada a suspensão daquela modalidade de tributação, nova na nossa realidade.
Persigo, incessante, mais um instante para privilegiar o sossego. Para a parte maior da raça humana, pondero tratar-se da necessidade que se vai evidenciando quando a tarde eiva as objectivas da vida. Rastos de águas passadas há muito direccionam o moinho para a preciosidade do tempo.
Ndungidi Gonçalves Daniel está para Angola e os angolanos, como Eusébio da Silva Ferreira esteve para Portugal e os portugueses. Ambos romperam os limites impostos pelo clubismo, para o firmamento à escala nacional. Os tratados que assinaram com a bola no pé os guindaram à condição de pertença de todo um povo, independentemente da cor da camisola por que se torcia.
Dono de um imenso talento, temperado ainda na Angola colonial, sob a batuta de Fernando Peyroteo, até crescer como o dono da bola e ganhar, no despontar da juventude, a alcunha de Pelé do Luanda, numa alusão à estrela maior do futebol mundial, o brasileiro Edson Arantes do Nascimento. Aliás, foi com naturalidade que se tornou no rosto do 1º de Agosto, porque "aquela bola que o Ndungidi batia/tinha embora uma mania/de inventar em mim/a tal da felicidade”, conforme registou para a imortalidade, o músico Paulo Flores.
Ainda teve tempo de exibir o seu futebol superlativo com as cores do Petro de Luanda, o arqui-rival, quando se viu desamparado pelo seu grande amor desportivo, sem, contudo, cortar o cordão umbilical. Na idade de "pai de família”, brilhou com a camisola dos petrolíferos, nas Afrotaças, ao ponto de provocar subida de tensão arterial ao técnico Carlos Queirós, que desacordou ao testemunhar, na Cidadela, momentos de fina arte.
Jogou em Angola o suficiente para fascinar clubes europeus, como foi o caso do Sporting de Portugal. Mas não saiu, porque o jovem Estado em construção precisava dos seus filhos. Doutros pontos do continente, chegava o reconhecimento de mágicos de fino trato, casos dos camaroneses Manga Onguéné e Théophile Abega, pois craque reconhece o semelhante ao longe.
Então, é este senhor da bola esdrúxula, a quem devemos dignidade. Que não deve, muito menos pode ficar carente de cuidados médicos. Por todas os pedaços de história, escritos nos pelados e relvados deste imenso país, legados à nossa memória colectiva, é obrigação das instituições intercederem no sentido de ser confortado com assistência à altura da demanda do seu quadro clínico.
O 1º de Agosto é o expoente máximo da sua rica carreira futebolística. É um facto. Mas, de tão grande no jogar, Ndungidi elevou-se à condição de património nacional. Escultor de obras-primas com a bola no pé e ombros descaídos, para o lado do drible. O apelo do renomado jornalista Amílcar Xavier criou um estado de preocupação geral, em defesa do bem maior. A vida!
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LoginEm diferentes ocasiões, vimos como o mercado angolano reage em sentido contrário às hipóteses académicas, avançadas como argumentos para justificar a tomada de certas medidas no âmbito da reestruturação da economia ou do agravamento da carga fiscal.
O conceito de Responsabilidade Social teve grande visibilidade desde os anos 2000, e tornou-se mais frequente depois dos avanços dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Portanto, empresas socialmente responsáveis nascem do conceito de sustentabilidade económica e responsabilidade social, e obrigam-se ao cumprimento de normas locais onde estão inseridas, obrigações que impactam nas suas operações, sejam de carácter legal e fiscal, sem descurar as preocupações ambientais, implementação de boas práticas de Compliance e Governação Corporativa.
A ideia segundo a qual Portugal deve assumir as suas responsabilidades sobre os crimes cometidos durante a Era Colonial, tal como oportunamente defendida pelo Presidente da República portuguesa, além do ineditismo e lado relevante da política portuguesa actual, representa um passo importante na direcção certa.
O continente africano é marcado por um passado colonial e lutas pela independência, enfrenta, desde o final do século passado e princípio do século XXI, processos de transições políticas e democráticas, muitas vezes, marcados por instabilidades, golpes de Estado, eleições contestadas, regimes autoritários e corrupção. Este artigo é, em grande parte, extracto de uma subsecção do livro “Os Desafios de África no Século XXI – Um continente que procura se reencontrar, de autoria de Osvaldo Mboco.
Pelo menos 21 pessoas morreram na sequência de um naufrágio que ocorreu no Rio Lufira, na zona sudeste da República Democrática do Congo (RDC), tendo 11 dos passageiros conseguido salvar-se, noticia hoje a agência espanhola EFE.
O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
A judoca angolana Maria Niangi, da categoria dos -70 kg, consegui o passe de acesso aos Jogos Olímpicos de Verão, Paris'2024, ao conquistar, sexta-feira, a medalha de ouro no Campeonato Africano de Judo que decorre na Argélia.
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O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
Nascido Francis Nwia-Kofi Ngonloma, no dia 21 de Setembro de 1909 ou 1912, como atestam alguns documentos, o pan-africanista, primeiro Primeiro-Ministro e, igualmente, primeiro Presidente do Ghana, mudou a sua identidade para Nkwame Nkrumah, em 1945, com alguma controvérsia envolvendo o ano de nascimento e o nome adoptado.