Política

Nimi a Simbi diz que a via armada foi o último recurso

Joaquim Cabanje

Jornalista

O presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Nimi a Simbi, afirmou ontem, em Luanda, que a opção pela via armada foi o último recurso encontrado pelos patriotas angolanos, face à postura intolerante do regime colonial, que se recusava, sistematicamente, a conceder a Independência de Angola por via pacífica.

16/03/2024  Última atualização 10H45
© Fotografia por: DR

O político falava no Complexo 15 de Março, em Viana, no âmbito da celebração do Dia da Expansão da Luta Armada contra o colonialismo português.

"A opção pela via armada foi o último recurso encontrado pelos patriotas angolanos face à postura do regime colonial, que se recusava, sistematicamente, a conceder por via pacífica a Independência de Angola. Tratava-se de uma afronta assente no fundamento que a História registou, em que nenhuma nação colonialista aceitou retirar-se sem que todas as suas possibilidades de manutenção se tivessem esgotado”, explicou.

De acordo com o presidente da FNLA, nos encontros tidos com Frantz Fanon e outras figuras do nacionalismo africano, a Holden Roberto foi sugerido a aconselhar Portugal a desalojar-se das colónias, mas diante da resistência portuguesa não havia outra solução senão a utilização da força contra o regime colonial fascista.

Durante a sua intervenção, diante de centenas de militantes do partido, o líder político enfatizou que foi, efectivamente, o 15 de Março que produziu o rastilho independentista, que se estendeu a Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Para o também docente universitário, a acção heróica dos guerrilheiros da União das Populações de Angola (UPA) não foi um acto desorganizado, nem improvisado. "Pelo contrário, foi uma acção precedida de uma consciencialização política das populações”, sublinhou.

Segundo o líder dos "Irmãos”, o 15 de Março não foi um evento irreflectido, mal estruturado e desorganizado levado a cabo por aventureiros e estrangeiros, como foi erroneamente afirmado pelos colonialistas portugueses.

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