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Procedimento é indicado, também, para detectar outras infecções que precisam de ser tratadas e pode ser feito num hospital oncológico
O exame relacionado com o cuidado preventivo do cancro do colo do útero é mais conhecido por "Papanicolau”, mas o nome científico é "Colpocitologia”.
Além de servir para a detecção de lesões precursoras do cancro do colo do útero e da infecção pelo HPV (Vírus de Papiloma Humano), o Papanicolau é indicado, também, para a descoberta de outras infecções que precisam de ser tratadas. O exame pode ser feito num hospital oncológico e o resultado é apresentado em uma semana.
O director-geral do Instituto Angolano de Controlo do Cancro, Fernando Miguel, disse que ao se fazer o exame, a mulher deve sentar-se numa marquesa ginecológica e, com espéculo (objecto em forma de espátula), retira-se do colo do útero algumas substâncias. São raspadas algumas células que, de seguida, são levadas ao departamento de Anatomia Patológica, para o processamento e avaliação das células, com o intuito de se saber se estão normais ou alteradas. A operação pode ser reversível ou irreversível, sublinhou o médico especialista em Cirurgia Geral.
Fernando Miguel aconselhou as mulheres que já iniciaram a vida sexual a fazerem o exame uma vez por ano, pois, "através dele pode-se saber se a mulher está ou não com algumas alterações chamadas de NICK1, NICK2 ou NICK3 (Neoplasia intra-epiteleal do grau 1, 2 e 3), quando ainda não se trata de cancro, mas que, com o passar do tempo, pode evoluir para um cancro invasivo”.
Alterações
no colo do útero
De acordo com o director-geral do Instituto Angolano de Controlo do Cancro, a principal causa de alterações no colo do útero e que levam à realização do exame de Papanicolau, é o HPV, uma infecção viral que se transmite por via sexual e é responsável pelas alterações nas células ou mucosa do colo do útero.
O objectivo do exame do Papanicolau, disse Fernando Miguel, é o de evitar o surgimento do cancro do colo do útero, "uma vez que já se detectam alterações infecciosas”. Trata-se de um exame preventivo, pois serve para diagnosticar precocemente aquela doença.
Desconhecimento do exame
Fernando Miguel revelou que existe um desconhecimento total sobre o exame Papanicolau e doenças cancerígenas no geral. "Muitas vezes, as pessoas só procuram ajuda médica quando têm alguma manifestação clínica”, disse.
O médico informou que o Instituto Angolano de Controlo do Cancro tem organizado palestras de esclarecimento sobre doenças oncológicas.
O Instituto Angolano de Controlo do Cancro, vulgo Hospital de Oncologia, existe desde a década de 60 e atende todo o tipo de doenças relacionadas com o cancro. No banco de urgência, são atendidos, diariamente, 500 utentes para o rastreio do cancro, com incidência para adultos.
Com capacidade para 76 camas, o hospital diagnostica, anualmente, entre 1.500 a 1.700 novos casos de cancro. Até à altura desta reportagem, tinha registado mais de 80 pacientes internados.
Dor na bexiga
Isabel António, 44 anos de idade e mãe de duas filhas queixa-se de muita dor na bexiga e coluna. No momento em que falava ao o Jornal de Angola, aguardava pela chamada, para ser consultada pela médica. "Se não aplicar uma injecção ou tomar um analgésico para acalmar as dores, passo mal”, reclamou.
A paciente, que convive com a doença há quase um ano, disse que o período menstrual não pára de correr. Prova disso é que, durante a entrevista, Isabel pediu uma pausa para verificar o fluxo de sangue e trocar a roupa de protecção.
Acompanhada pela filha de 19 anos, que a consola nos momentos de dores, Isabel disse ter passado já em muitos hospitais, onde fez vários exames para descobrir a doença que lhe apoquenta.
Isabel António alertou as outras mulheres sobre a importância de ir à consulta ou visitar o consultório médico pelo menos duas vezes ao ano, particularmente em consulta de ginecologia, para saberem do seu estado de saúde reprodutiva e do útero. O objectivo principal é prevenir-se de certas doenças silenciosas, como o cancro do colo do útero. "Quanto mais cedo descoberto, melhor para o prevenir ou fazer o tratamento”, aconselhou.
Dores durante o período menstrual
O Jornal de Angola conversou com algumas mulheres que recorreram ao exame do Papanicolau para saber dos problemas de que padeciam e, com o diagnóstico, os médicos recomendaram o melhor tratamento.
Lurdes Chimbimba, 37 anos de idade e mãe de quatro filhos, sentia dores quando o período menstrual descia. Dores na coluna e no baixo-ventre (bexiga). O período menstrual também corria de forma anormal. Isso preocupou-lhe e decidiu procurar ajuda médica para saber o motivo das dores.
No dia 10 de Agosto do ano passado, foi a uma consulta de ginecologia, no Hospital Materno-Infantil Augusto Ngangula. Depois de consultada, o médico solicitou-lhe um exame, em função das dores que sentia.
Após três dias, Lurdes apresentou os resultados. "O médico comunicou-me que tenho lixo na barriga e que tinha de ser feita uma corretagem, por suspeita de uma gravidez interrompida, que não era o caso”, recordou.
Descartada a desconfiança, foi solicitado um exame de biopsia, em função das alterações nas células do colo do útero e para descobrir a verdadeira causa dos sintomas. A biopsia é um exame em que se retira uma amostra de tecido do corpo para a análise de cito-patológico. Serve para avaliar a presença e a gravidade de uma doença.
"Após os resultados do exame da biopsia, o doutor disse que tenho um tumor e que tinha de ser seguido num hospital oncológico. Fui encaminhada para o Instituto Angolano de Controlo de Cancro, onde estou a fazer as consultas e a ter acompanhamento médico”, contou.
Lurdes apelou às outras mulheres que padecem da mesma doença a não desistir das consultas, seguir à risca a orientação e a prescrição médica.
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