Ao intervir no seminário, a responsável da ONUDC disse que os crimes financeiros não afectam apenas os bancos e as instituições financeiras, os prejuízos estendem-se às empresas e "profissões não financeiras”, apanhando-as, frequentemente, desprevenidas.

Manuela Carneiro explicou, ainda, que o sector imobiliário, escritórios de advogados, negociantes de metais preciosos, seguradoras e inúmeras outras áreas estão expostas ao risco, podendo ser utilizadas para actividades ilícitas "sem o seu consentimento”.

Em relação ao seminário, a representante da ONUDC referiu que se pretende, com a acção formativa, continuar a contribuir para a redução dos fluxos ilícitos, branqueamento de capitais, corrupção e todas as formas de crime organizado, tendo em vista a criação de um "mundo mais desenvolvido e seguro”.

O compromisso da PRO.REACT, continuou a responsável, é ver Angola a contribuir para aumentar a capacidade dos profissionais angolanos neste âmbito.

"O objectivo passa em apoiar os esforços e estratégias de Angola no caminho para atingir os propósitos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas”, esclareceu Manuela Carneiro, reconhecendo, em seguida, os esforços da União Europeia para financiar o projecto de formação de quadros e, por conseguinte, prestar auxílio a Angola na luta contra o branqueamento de capitais e o crime organizado.

"Através destas parcerias, podemos ultrapassar as fronteiras, partilhar recursos e reforçar, colectivamente, as nossas defesas contra o flagelo do branqueamento de capitais”, defendeu.